Após denúncia feita originalmente por um vereador de Goiânia, quanto a uma substância em pó armazenada no depósito da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), um laudo comprovou que o produto era o que dizia a embalagem: sabão. Na época da denúncia, em junho deste ano, um vereador chegou a colocar a substância na boca e dizer que era “salgado”.
A compra das aproximadas 2,5 toneladas de sabão, armazenadas no depósito da Semas, passou a ser alvo de investigação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal de Goiânia e da Polícia Civil após o vereador Felisberto Tavares (PR) contestar a consistência do produto.
Em entrevista na época, o presidente da CEI, o vereador afirmou que recebeu uma denúncia, informando que o produto que estava dentro dos sacos não era sabão. “A secretaria recebeu 2,5 toneladas de sabão em pó em sacos de 3 a 5 quilos, mas o que tinha dentro da embalagem não é nenhum pouco semelhante a sabão em pó”, afirmou.
Entretanto, um laudo feito pela Polícia Técnico-científica atestou que a substância azulada encontrada na Semas se tratava, verdadeiramente, de sabão em pó. Mesmo com a comprovação, o inquérito segue. Conforme o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decarp), que apura a denúncia de fraude em licitação, foi solicitada uma nova amostra para análise da qualidade do produto de limpeza.
O delegado explicou que além da nova perícia, o contrato de licitação será analisado com o intuito de apurar se ele foi ou não feito de forma regular.
Relembre a polêmica do “falso” sabão encontrado na Semas
No dia 13 de junho deste ano, a CEI da Câmara denunciou que o produto encontrado na Semas não seria sabão, mas sim uma mistura simplória de sal e corante. Segundo o vereador Felisberto na época, a substância não produzia espuma e não possuía cheiro ou textura de sabão.
Na ocasião, a reportagem do Dia Onlineentrou em contato com a assessoria da Semas, que por meio de nota, afirmou que a fornecedora do produto foi acionada para que ela tomasse as medidas necessárias. Conforme a nota, a Secretaria havia começado a recolher todas as embalagens distribuídas nas unidades e que a Semad e a Controladoria-geral acompanhavam caso.
Confira a nota
“A Semas informa que já acionou a fornecedora do produto para que a empresa tome as medidas necessárias. A pasta esclarece ainda que já iniciou o recolhimento das embalagens distribuídas em suas unidades e que a Semad e a Controladoria-Geral estão acompanhando o caso.”