Agentes da Polícia Civil de Goiás estão nesta terça-feira (2/7) em Brasília, em uma mobilização contra a reforma da Previdência. Uma das exigências da categoria é o “tratamento isonômico dado a policiais militares na reforma”.
O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), e pela União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci). Entretanto, além de policiais civis o protesto contou com a presença de guardas civis, educadores sociais, policiais federais e rodoviários federais.
No site do Sinpol, a convocação fazia menção a um protesto “contra a Reforma da Previdência que pretende extinguir direitos dos policiais”. O presidente do sindicato, Paulo Sérgio Alves de Araújo, já está na capital federal, junto de outras lideranças, para se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e tratar do tema.
De acordo com o sindicato, lideranças sindicais apontaram que “as polícias serão prejudicadas por vários aspectos da reforma, como o aumento da idade mínima e das alíquotas tributárias — o que foi chamado de confisco salarial”. Segundo o Sinpol, a categoria policial luta contra o texto da reforma da Previdência que retira grande parte dos direitos de aposentadoria da classe.
Os policiais civis pedem a manutenção da atividade de risco policial prevista na Constituição Federal, integralidade e paridade para todos os policiais, diferenciação entre homens e mulheres na idade e tempo de contribuição e pensão integral por morte em serviço ou em razão do serviço o que, segundo o novo texto, deixará e existir.
Em Brasília, policiais civis contrários à reforma da Previdência chamaram presidente Bolsonaro de “traidor”
Insatisfeitos com a inclusão integral na reforma da Previdência enviada à Câmara, agentes da Polícia Civil e Federal de vários estados organizaram um protesto na madrugada desta segunda-feira (1/7) para terça-feira. Gritos de “Bolsonaro traidor” foram entoados pelos agentes de segurança contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Os policiais reclamam um regime especial assim como o reservado para as Forças Armadas. Para Edvandir Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), os agentes de Segurança Pública, trabalham sob riscos maiores . “Queremos o mesmo tratamento de profissionais que têm a mesma condição que a nossa; aliás, o risco de morte de um policial é muito maior que o de militares”, disse Edvandir ao jornal O Dia.