Depois de prestar depoimento na última segunda-feira (1/7) à Polícia Civil, o pai de santo e professor universitário Oli dos Santos Costa, de 62 anos, comparece novamente na 2ª Delegacia da Mulher (Deam) no início da tarde desta terça-feira (2/7) para continuar a ser interrogado pela delegada Cássia Sertão acerca das últimas denúncias de abuso sexual registradas contra ele.
Conforme a polícia, foram instaurados até o momento 11 inquéritos policiais na 2ª Deam, sendo que uma suposta vítima mencionada pela advogada foi ouvida apenas como testemunha.
Na segunda-feira, ontem, Oli chegou no período da tarde na Deam e permaneceu até por volta das 20h sendo ouvido pela delegada Cássia Sertão. Segundo Cássia, Oli disse que foi “amante” de algumas das denunciantes.
A delegada contou que Oli negou a maior parte dessas denúncias. “As outras ele manteve relacionamento afetivo como qualquer outro relacionamento. Tem uma das vítimas que teve quatro anos de namoro com ele. Namoro mesmo, como qualquer outro”, revela.
O caso do pai de santo de Goiânia acusado de abusar sexualmente de fiéis
Várias mulheres, incluindo menores de idade, procuraram a polícia na última quarta-feira (26/6) acusando Oli dos Santos de abusar sexualmente delas, alegando “tratamentos espirituais”. O pai de santo teria feito, no mínimo, 12 vítimas.
Conforme a delegada Cássia Sertão, nas denúncias que chegaram à polícia, o pai de santo, que realiza atendimentos espirituais no Setor Balneário Meia Ponte, em Goiânia, alegava “incorporar entidades” para manter relações sexuais com as vítimas. “Várias frequentadoras do centro espiritual alegaram que ele [o suspeito] se aproveitava da posição de líder espiritual para cometer os abusos”, revela a delegada.
De acordo com ela, as vítimas contaram que o pai de santo dizia que “a entidade era quem pedia para manter relações” com elas.