A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã desta segunda-feira (1/7), uma operação que apura a existência de um esquema criminoso no Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). Funcionários, agora alvos de mandados judiciais de afastamento das funções públicas, se valiam de seus cargos para praticar uma série de fraudes no instituto.
A Operação Morfina, conduzidas pelos delegados Rhaniel Almeida e Webert Leonardo, foi deflagrada por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), com apoio da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO).
Conforme a polícia, foram cumpridos 8 mandados judiciais de afastamento das funções públicas, 4 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de intimações simultâneas. As medidas fazem parte de um inquérito policial que investiga os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Funcionários de empresa terceirizada que atuavam no Ipasgo se valiam dos cargos para cometer fraudes
Os alvos da operação são empregados da empresa GT1 Tecnologia, que, segundo a polícia, prestam serviços terceirizados ao Ipasgo. Segundo as investigações, eles se valiam de suas funções no Setor de Tecnologia de Informação do instituto para praticar uma série de fraudes, que beneficiavam ilegalmente prestadores de serviços – como médicos, clínicas, laboratórios e hospitais – e causavam enorme lesão ao erário.
Conforme apurado pela reportagem do Dia Online, o convênio do Ipasgo com a empresa Gt1 Tecnologia existe há quase uma década. O prejuízo ao Ipasgo pode superar a casa de milhões de reais.
A reportagem do Dia Online tentou entrar em contato com a GT1 Tecnologia, mas até o fechamento desta matéria as ligações não foram atendidas.
Já a assessoria do Ipasgo declarou que está levantando as informações necessárias, e que vai se posicionar assim que possível. O caso deve ser apresentado oficialmente na tarde de hoje (1/7).
Atualização: Contatada pelo Dia Online, a direção da GT1 Tecnologia disse que também está levantando as informações demandadas pela reportagem, e em breve deve emitir um posicionamento.