O cirurgião plástico Wesley Murakami foi indiciado nesta sexta-feira (28/6) por cinco lesões corporais graves, por deformar rostos de pacientes, em Goiânia. Responsável pelas investigações, o delegado Carlos Caetano da 4ª Delegacia de Polícia (DP) afirmou que as penas para esses crimes podem chegar a 35 anos de prisão. O delegado ainda aguarda outros cinco laudos que seguem em aberto.
O médico foi preso temporariamente no dia 21 de dezembro do ano passado em Goiânia, durante uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), mas foi solto no dia 17 de janeiro de 2019 após passar o período de reclusão. Na ocasião, a mãe do cirurgião e outra mulher também foram presas na ação policial. A defesa de Wesley Murakami ainda não se posicionou sobre o indiciamento do cirurgião.
O registro profissional do cirurgião plástico foi suspenso e Wesley Murakami foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 60 mil para uma das clientes que ficou com sequelas, após passar pelo procedimento estético. Em outro caso, o médico pagou cerca de R$ 24 mil pela mesma situação, em ambos os casos, o cirurgião pode recorrer das decisões.
Wesley Murakami foi denunciado por 14 pessoas em Goiás e por 15 pacientes no Distrito Federal
Wesley Murakami foi denunciado pelos procedimentos 14 vezes em Goiás. No Distrito Federal (DF), cerca de 15 pessoas afirmaram que tiveram os rostos deformados após serem atendidas pelo médico. Em um dos casos, conforme a publicação de um jornal local, a paciente afirmou que ficou com o “rosto de monstro” ao ser submetida ao procedimento feito por Murakami.
O médico é investigado pelos crimes de lesão corporal gravíssima, associação criminosa e aplicação de produtos de origem desconhecida ou adulteradas. Durante uma operação da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), foram apreendidos medicamentos, prontuários e computadores no consultório de Wesley Murakami, em Goiânia.