O pai de santo Oli Santos da Costa, de 61 anos, suspeito de ter abusado sexualmente de mais de uma dezena de mulheres durante atendimentos espirituais, é professor universitário e leciona em uma faculdade do município de Inhumas, a 50 quilômetros de Goiânia.
Conforme seu Currículo Lattes cadastrado na plataforma CNPq, o pai de santo possui vários títulos acadêmicos, entre eles um pós-doutorado em andamento em Psicologia Social pela Universidad Argentina John F. Kennedy. No currículo, atualizado pela última vez em 27 de dezembro de 2018, consta que Oli Santos é professor na Faculdade de Inhumas-FacMAIS, além de ser coordenador do Projeto de Extensão em Meio Ambiente e Educação Ambiental pela mesma instituição.
A reportagem do Dia Online entrou em contato com a Faculdade FacMAIS, mas foi informada por uma funcionária de que não havia ninguém que pudesse comentar o caso, uma vez que os responsáveis estariam em horário de almoço. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Oli Santos. O Dia Online deixa o espaço aberto para futuras manifestações.
Pai de santo de Goiânia alegava “incorporação” para abusar de vítimas, diz delegada
Várias mulheres, incluindo menores de idade, procuraram a polícia na última quarta-feira (26/6) acusando um pai de santo de Goiânia de abusar sexualmente delas, alegando “tratamentos espirituais”. O pai de santo teria feito, no mínimo, 12 vítimas.
À reportagem do Dia Online, a delegada Cássia Sertão, responsável pelo caso, confirmou que um inquérito acabou de ser aberto para apurar as denúncias.
Conforme a delegada, nas denúncias que chegaram à polícia, o pai de santo de 61 anos, que realiza atendimentos espirituais no Setor Balneário Meia Ponte, em Goiânia, alegava “incorporar entidades” para manter relações sexuais com as vítimas. “Várias frequentadoras do centro espiritual alegaram que ele [o suspeito] se aproveitava da posição de líder espiritual para cometer os abusos”, revela a delegada.
Segundo Cássia Sertão, entre as supostas vítimas há uma menor, de 15 anos de idade. A delegada ainda conta que vê semelhanças entre este e o caso do médium João de Deus. “Assim como o João de Deus, o pai de santo se utilizava da fé das pessoas para cometer os abusos”conta.
Cássia Sertão finaliza que a investigação está apenas começando, uma vez que as denúncias são muito recentes. “Está tudo muito novo, mas a investigação já está acontecendo”, diz.