A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) colheu nesta quarta-feira (26/6), o depoimento do técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, preso acusado pelo estupro da jovem Suzy Nogueira, de 21 anos. Ele foi interrogado dentro do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia.
Conforme o delegado Washington da Conceição, responsável pelo caso, durante o tempo que foi interrogado, Idson não quis dar nenhuma declaração. Agora, o delegado trabalha para concluir o inquérito que investiga a causa da morte da jovem, para enviar ao poder judiciário.
Os pais de Suzy e cerca de 50 colaboradores da unidade de saúde, que trabalharam durante os dez dias de internação da jovem, já prestaram depoimento. A estudante foi internada no dia 16 de maio e morreu dez dia depois em decorrência de uma pneumonia hospitalar, conforme informou o hospital.
Acusado por estupro, o técnico em enfermagem se apresentou à polícia
O técnico de enfermagem de 41 anos, réu por estuprar Susy enquanto ela estava internada na UTI do hospital se apresentou no dia 28 de maio, à Delegacia de Polícia Civil, onde ficou preso. Um mandado de prisão havia sido aberto contra ele no dia anterior.
Conforme a Deam, a morte da jovem, a princípio, não teria relação com o abuso sofrido. Procurada pela reportagem do Dia Online, a direção da UTI do Hospital Goiânia Leste se manifestou através de nota e fez esclarecimentos quanto ao ocorrido. Na nota, a direção da UTI conta que tomou medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o caso assim que teve conhecimento.
Além disso, segundo a nota, o técnico acusado foi afastado de sua função e, posteriormente, denunciado e demitido por justa causa. Veja a nota:
“NOTA OFICIAL”
No dia 17 de maio de 2019, os responsáveis pela UTI do Hospital Goiânia Leste receberam a denúncia de abuso sexual da paciente de 21 anos por meio de uma das técnicas de enfermagem da equipe. No mesmo momento, a direção tomou as primeiras medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o ocorrido.
O técnico de enfermagem acusado pela paciente foi imediatamente suspenso e afastado da sua função. Um boletim de ocorrência com a denúncia foi registrado pelos responsáveis da UTI na Delegacia da Mulher, no dia 21/05/2019 e o funcionário foi demitido por justa causa nesse mesmo no dia.
Posteriormente, também por iniciativa da empresa de UTI, o vídeo que mostra o suposto assédio do ex-funcionário, consistente num possível toque nas partes íntimas da paciente, também foi entregue à delegada responsável pelo caso. Cada um dos 20 leitos geridos pela UTI possui câmera individualizada, que funciona e grava toda a movimentação da UTI, 24 horas por dia. Ao ex-funcionário foi dada a oportunidade de ver as imagens, o que foi recusado por ele.
Além de ter tomado as medidas necessárias sobre a denúncia, coube aos diretores da empresa de UTI comunicar aos pais da paciente sobre o fato e sobre as medidas já tomadas. Esclarece, por fim, que a causa da morte da paciente, em 26/05/2019, não possui qualquer relação com os tristes fatos ocorridos. A empresa está à disposição das autoridades para fornecer qualquer informação adicional que possa ajudar na investigação da denúncia.”