A Polícia Civil (PC) cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de um vereador e do secretário de Transportes de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF), suspeitos de participar em um esquema de corrupção em uma funerária da cidade, na manhã desta sexta-feira (14/6).
Conforme as informações repassadas pela polícia, as investigações mostram que o político recebia os pagamentos desde 2017, quando assumiu o cargo. A polícia desconfia que tanto o parlamentar como o secretário receberam repasses da funerária que funciona no cemitério da cidade há 10 anos sem licitação.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o delegado do caso, Cristiomário Medeiros, afirmou que a empresa cobra o equivalente a R$ 900 por um enterro. Com a abertura da cova e construção de uma estrutura de tijolos para a cobertura.
Secretário e Vereador da cidade recebiam o repasse com valores entre R$ 100 e R$ 200
Segundo o delegado, essa é a segunda fase da operação Redenção, pois a primeira foi deflagrada na segunda-feira (10/6). Na ocasião Cristiomário afirmou que a equipe policial esteve no cemitério onde foram recolhidos documentos e anotações que mostram o repasse que uma funcionária da funerária fazia ao vereador com valores entre R$ 150 e R$200.
“A cova na verdade é feita pela Prefeitura. E a funerária poderia cobrar pela estrutura, porém eles não tem licitação para fazer isso”, explica o delegado.
Conforme as investigações mostram, o equivalente a um terço do valor cobrado das famílias é repassado ao vereador e ao secretário. O delegado afirmou que durante as buscas desta sexta-feira, na segunda fase da operação foram apreendidos documentos que vão ser analisados nos próximos dias, para identificar as irregularidades.
O Dia Online entrou em contato com a Prefeitura de Planaltina de Goiás em busca de um posicionamento sobre a operação. Entretanto a reportagem foi informada que o prefeito da cidade ainda não se manifestou sobre o assunto.