Foi aprovado pelos deputados goianos, em primeira votação, o projeto que autoriza a extração de amianto em Goiás, com fins exclusivos para a exportação. O objetivo principal da matéria é ampliar a geração de recursos e empregos para o Estado, através da exportação que seguirá rigorosamente os padrões e normas internacionais. O projeto será apreciado em segunda votação na próxima sessão ordinária.
Para o deputado Rubens Marques (Pros), autor da proposta nº 2488/19, a aprovação da matéria é importante para a economia estadual, uma vez que o mineral “sempre ocupou posição de destaque no ranking de produtos exportados”. O texto do projeto esclarece que existem diferenças significativas entre o amianto crisotila produzido no Brasil, utilizado em mais de 150 países, em relação ao amianto anfibólio, que foi proibido em todo mundo após ter sido largamente utilizado na Europa e Estados Unidos no passado.
Na justificativa, ele ressalta Goiás possui a única reserva mineral de amianto crisotila no Brasil, a maior no continente americano e a terceira maior no mundo. O deputado reforça que entende que o enorme potencial deve ser explorado em favor do povo goiano.
Extração de amianto em Goiás
Atualmente, de acordo com o texto do projeto, o Brasil é o terceiro maior exportador do mundo de fibras de amianto crisotila, comercializando para mais de 30 países e as reservas deste mineral disponíveis em solo goiano sendo suficientes para abastecer à demanda atual por aproximadamente 35 anos. O deputado reforça que, hoje, a atividade de mineração é a principal fonte de recursos e maior geradora de empregos no município de Minaçu, na região norte do estado.
Segundo a proposta, a extração do mineral é feita de forma segura, uma vez que são utilizadas técnicas avançadas de segurança e rígidos controles de saúde ocupacional. Com essas medidas, a atividade de extração e beneficiamento do amianto crisotila, feita em Goiás, se tornou referência mundial no segmento.
Exploração de mineral em Goiás
O estado de Goiás tem em abundância algo que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), indicou estar bem interessado em explorar. Em dezembro do ano passado, Bolsonaro anunciou que está analisando o potencial de exploração de reservas de cálcio no país. Goiás é um dos estados que contam com as maiores reservas de calcário, rocha fonte do cálcio, do Brasil. Além de Goiás, se destacam também Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
O anúncio foi feito pelo Twitter. Na publicação, o presidente eleito diz que está analisando o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no país junto com os futuros ministros de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e da Agricultura, Tereza Cristina. Ele ainda declara que “hoje, mesmo com as maiores reservas, dependemos [os brasileiros] de matéria-prima importada para produzir fertilizantes”.