A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta sexta-feira (7/6), mandados em três municípios goianos no âmbito da segunda fase de uma operação que visa apurar crimes e fraudes, relacionados a processos licitatórios, envolvendo servidores da Secretaria de Educação de Goiás (Seduc) e empresários.
Conforme a polícia, a segunda fase da Operação Mákara cumpriu, até agora, 17 mandados de busca e apreensão contra atuais e ex-servidores da Seduc e empresários do setor de Construção Civil. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e São Luís de Montes Belos, todas em Goiás.
A Operação Mákara apura crimes relacionados a fraudes em processos licitatórios de obras públicas da Seduc. As investigações apontam organização criminosa composta por servidores públicos e empresários que, há cerca de 8 anos, atuam nas licitações de forma fraudulenta, em combinação de resultados e mediante pagamento de propina.
A Polícia Civil também representou pelo afastamento do cargo do Gerente de Fiscalização da secretaria, e um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na residência do ex-superintendente de Infraestrutura do órgão.
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos diversos computadores, celulares, pen drives, valores em dinheiro e documentos que reforçam os indícios da prática dos crimes investigados. Os investigados devem responder por Crime contra a Ordem Tributária, Crime contra a Administração Pública, Fraude em Licitações, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
1ª fase da operação que apura fraudes envolvendo servidores da Secretaria de Educação de Goiás
A primeira fase da Operação Mákara foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 22/5, quarta-feira, e também teve como alvo empresas do ramo da construção civil que atuam em obras públicas realizadas em Goiânia e servidores da Seduc.
Os resultados da ação foram apresentados na ocasião pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). Na casa do superintendente de infraestrutura da Seduc foram encontrados R$ 80 mil reais em espécie, em moeda nacional e estrangeira.
A reportagem do Dia Online entrou em contato com a Seduc, que prometeu um posicionamento. Mas até o fechamento desta matéria, nenhuma manifestação foi recebida.