Reginaldo Fernandes, de 35 anos, chegava à casa da mãe, no bairro American Park, em Aparecida de Goiânia, na manhã de quarta-feira (5/6) quando foi abordado por dois ladrões que roubaram sua moto.
Antes da abordagem, Reginaldo passou pela dupla, que empurrava uma Honda Biz prata caindo aos pedaços. Eles estavam segurando os capacetes e murmuravam qualquer coisa.
Como todos os dias passa na casa da mãe por volta das 7h para tomar café e deixar o filho, um menino de 11 anos, não se preocupou quando a dupla de assaltantes se aproximou dele.
“Os homens pediram para eu entregar a moto para eles, mas eu disse que tinha que trabalhar”, conta ele. Sonolento, apenas percebeu que se tratava de um roubo quando um dos homens tirou um revólver da cintura.
Reginaldo entregou as chaves da YBR preta e a aliança e saiu de fininho por uma rua. Quando viu que a dupla não conseguia ligar o veículo, pediu para o filho correr e entrar em um lote baldio. Escondidos detrás de uma moita, pai e filho escutaram os homens fugindo.
Minutos depois, Reginaldo e o filho foram à casa e encontraram uma motocicleta depenada.
A mãe de Reginaldo, que prefere não ter o nome divulgado, apenas agradece. “A Deus, afinal meu filho e meu neto estão bem”, diz ela, na tarde seguinte ao assalto na porta da casa dela. “Meu filho vem aqui todo dia para me pedir benção e tomar café”, comenta ela.
Ladrões levaram a mesma moto em 2017, em Aparecida de Goiânia
A mesma motocicleta foi roubada em 2017, mas 15 dias depois Reginaldo recebeu ligação de policiais informando que encontraram o veículo.
“Estou esperando alguma informação”, diz Reginaldo. Ele também espera que a polícia vá à casa da mãe dele buscar a moto que os ladrões deixaram.
Com pneu desgastado, correntes sem óleo e o tanque tapado com uma sacola, o veículo é a lembrança da violência que Reginaldo quer esquecer, mas não consegue. “A gente fica traumatizado”.