O reajuste de 5,79% na conta de água no estado de Goiás, recentemente anunciado pela Saneago e que seria aplicado em julho, pode não acontecer. A Agência de Regulação de Goiânia (ARG) defende que o reajuste, que foi aprovado pelo Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação (AGR), foi aprovado sem análise prévia da Prefeitura de Goiânia, tendo sido feito de forma “atropelada”.
Conforme a ARG, a Saneago não tem autonomia para definir novos valores sem o aval do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). O presidente da autarquia, Paulo César Pereira, em entrevista a um jornal local, declarou que “a Saneago, de forma açodada, atropelada, e a AGR, publicaram o aumento da tarifa desconsiderando a Prefeitura, que é o poder concedente”.
Ele afirma também que a tendência é de aprovação do percentual solicitado pela empresa, mas é “ilegal” qualquer reajuste realizado sem o respeito ao prazo de 30 dias após a autorização do prefeito.
Saneago já havia anunciado aumento na conta de água
O reajuste de 5,79% nos serviços de água e esgoto foi aprovado na última sexta-feira (31/5) pelo Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação (AGR) e começa a ser calculado no mês corrente, mas a cobrança chegaria na próxima fatura.
Segundo informou a assessoria de imprensa da Companhia de Saneamento de Goiás, a Saneago, o aumento ocorre anualmente e é uma forma de repor a inflação referente ao ano anterior, para equilibrar a empresa financeiramente. Conforme a companhia, a energia elétrica representou 47% dos custos segundo a metodologia da AGR.
Apesar do índice de reajuste aprovado ser de 5,79% para os serviços, os dados do Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC) indicaram que os números da inflação, usados para calcular o aumento, ficaram em 3,43% no ano passado, portanto dois porcento menor do que o reajuste aprovado pela AGR.