Os ex-governadores de Goiás Marconi Perillo e José Eliton (ambos do PSDB) podem ficar inelegíveis por oito anos e ser alvos de processos de improbidade administrativa, caso a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) siga a recomendação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) para rejeitar as contas do último ano de governo dos ex-gestores.
A ilegibilidade dos ex-governadores está prevista na leis da Ficha Limpa e de Responsabilidade Fiscal, conforme advogados e técnicos de tribunais de contas informaram ao O Popular. Conforme a publicação, existe a possibilidade da Alego protelar o julgamento das contas, como em 2010, quando as contas do ex-governador Alcides Rodrigues foram aprovadas pela casa. Porém o plenário da Casa só julgou as contas do ex-gestor em 2014, mais de três anos após o parecer do TCE.
Os deputados estaduais que compõem a Casa avaliaram que neste momento há muito mais pressão política e popular, e por isso não seria possível adiar o julgamento do parecer do Tribunal. O presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), afirmou que a tendência é o parlamento goiano acatar a recomendação do TCE-GO.
Conforme a matéria veiculada pelo jornal, há possibilidade de uma briga jurídica para livrar Marconi Perillo da responsabilidade, pois governou o Estado por 95 dias em 2018, e deixou o cargo para concorrer as eleições para o Senado Federal.
TCE-GO rejeitou contas do último ano de gestão de Marconi Perillo e José Eliton
Na última terça-feira (4/6) o TCE-GO julgou as contas dos ex-governadores Maroni Perillo e José Eliton, em seu último ano de gestão. Durante a votação o relator do caso votou para que as contas fosse rejeitadas.
Durante a votação do mérito houve um empate em 2 a 2 e coube ao presidente do tribunal definir e com 3 votos a 2, o parecer para que as contas fossem rejeitadas foi aprovada pelo TCE. Essa foi a segunda vez que o Tribunal deu parecer para rejeitar as contas de gestões anteriores, a primeira vez foi quando o TCE rejeitou as contas do ex-governador Alcides Rodrigues.