Um inquérito será aberto pela Polícia Civil nesta quarta-feira (5/6) para apurar as circunstâncias da morte de Susy Nogueira, a estudante de 21 anos que foi abusada em UTI de um hospital de Goiânia. A investigação busca descobrir se a morte de Susy pode ter sido, na verdade, homicídio – culposo ou doloso.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a investigação ficará a cargo do delegado Washington da Conceição, do 9º DP. Segundo informações, o delegado vai receber hoje todos os documentos necessários para a instauração do inquérito policial.
A polícia também confirmou já ter recebido o laudo médico da paciente, que foi enviado pelo Hospital Goiânia Leste, onde ela veio a óbito.
Relembre o caso da estudante abusada em UTI de Goiânia
Antes lotadas de comentários elogiosos e interações divertidas de amigos, as redes sociais da jovem Susy Nogueira agora se enchem de mensagens de tristeza e luto. A estudante universitária goianiense veio a óbito no domingo, 26/5, após sofrer uma parada cardíaca na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste, onde estava internada desde o dia 16/5.
Entretanto, a imensa dor causada aos amigos e familiares de Susy pela morte da moça foi acrescida de indignação e sede de justiça, uma vez que veio à tona que Susy foi vítima de estupro dentro do hospital por, como apontaram as investigações, um técnico de enfermagem que justamente deveria auxiliar na sua recuperação.
Identificado somente pelas iniciais I.C.B., o técnico de enfermagem de 41 anos acusado de estuprar Susy enquanto ela estava internada na UTI do hospital se apresentou no início da tarde de uma quarta-feira (28/5) à Delegacia de Polícia Civil, onde ficou preso. Um mandado de prisão havia sido aberto contra ele no dia anterior.
Conforme a Deam na ocasião, a morte da jovem, a princípio, não teria relação com o abuso sofrido.
Procurada pela reportagem do Dia Online na época, a direção da UTI do Hospital Goiânia Leste se manifestou através de nota e fez esclarecimentos quanto ao ocorrido. Na nota, a direção da UTI conta que tomou medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o caso assim que teve conhecimento.
Além disso, segundo a nota, o técnico acusado foi afastado de sua função e, posteriormente, denunciado e demitido por justa causa.