A polícia apresentou nesta quarta-feira (5/6) o resultado da perícia feita pela Polícia Técnico-Científica, sobre o incêndio que matou dois e deixou quatro feridos no último dia 30 de maio de 2019 na empresa de reciclagem EcoRV, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital.
O delegado Diogo Luiz Barreira responsável pelas investigações do caso conversou com o Dia Online e deu mais detalhes sobre o que provocou o incêndio. “O laudo apresentado hoje ainda é preliminar, mas tudo indica que uma centelha em uma empilhadeira deu origem as explosões, que deram início ao incêndio”, conta.
Diogo Barreira afirmou também que há indícios de que a empilhadeira em que o incêndio teve início não poderia estar sendo utilizada no local. “Provavelmente a empilhadeira estava ali devido a falha de um funcionário, mas ela não poderia ser utilizada naquele local”, explica o delegado.
Três vítimas do incêndio seguem internadas em Goiânia
Conforme o investigador o funcionário da empresa que conduzia o empilhadeira saiu um pouco antes do incêndio e até o momento não foi identificado pela polícia. Diogo Barreira afirmou que ainda não concluiu o inquérito e aguarda o laudo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) e o laudo cadavérico para encerrar a investigação.
De acordo com o delegado, o gerente e o dono da empresa foram ouvidos, mas ainda falta ouvir os funcionários que seguem internados no Hospital de Urgências da Região Noroeste Governador Otávio Lages de Siqueira (Hugol). Vale ressaltar que Luis Jeferson Almeida Rosa e Adriano Silva Castro estão internados em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital, enquanto Lucas Paca Silva também segue na UTI, mas seu estado de saúde é regular e Cezar Ribeiro de Souza recebeu alta da unidade de saúde nesta quarta-feira.
Diogo Barreira afirmou que os responsáveis pela empresa podem ser indiciados por homicídio “culposo” (quando não há intenção de matar).