Três motoristas de aplicativo foram presos na manhã desta terça-feira (4/6) durante a Operação Überfallen, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFVA), em Goiânia, que investiga o furto de veículos mediante fraude, estelionato, associação criminosa e uso de documento falso pelo grupo.
Os agentes da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), além de cumprir os três mandados de prisão contra os suspeitos, também cumpriram um de busca e apreensão. Durante a ação policial Cleiton Tomes Sobrinho, de 45 anos, Aflandson Pereira da Silva, de 27 e Anderson Rocha Medeiros de 50 foram presos.
De acordo com as informações divulgadas pela polícia, o grupo usava indivíduos parceiros da Uber e documentos falsos para locação dos veículos para trabalhar no app.
Depois de locar os carros, motoristas de aplicativos comunicavam falso roubo dos veículos e os alienavam
Após algumas corridas feitas com o carro, a associação criminosa alienava o veículo e comunicava que o carro alugado para o trabalho havia sido furtado ou roubado, porém a denúncia do crime era falsa. Durante as investigações a polícia constatou que o grupo preso estava com sete veículos roubados pela associação.
Conforme as investigações, Anderson Rocha Medeiros é apontado como o receptador dos carros furtados pelo grupo. O resultado da operação foi divulgado pelo delegado Alexandre Netto Moreira durante entrevista coletiva na sede da DERFVA, na manhã desta terça-feira.
O Dia Online entrou em contato com a assessoria de imprensa do aplicativo de transporte de passageiros que, por meio de nota, informou que está à disposição das autoridades no curso das investigações ou processos judiciais nos termos da lei. A empresa de transporte afirmou também que atualmente adota medidas para diminuir os riscos de fraudes, entre elas o fechamento do contrato nacional com a Serpro, que mostra para a Uber em tempo real os dados cadastrais sobre os veículos, motoristas e candidatos a motoristas do app.
Confira a nota
“A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades no curso de investigações ou processos judiciais, nos termos da lei. A Uber também vem adotando medidas para diminuir os riscos de fraude, recentemente, a Uber anunciou o fechamento de contrato de âmbito nacional com o Serpro. Por meio dele, a empresa pode, em tempo real, obter a confirmação de informações cadastrais sobre veículos, motoristas e candidatos a motorista. A checagem é feita pelo DataValid, solução desenvolvida pelo Serpro que, com a autorização do Denatran, verifica informações da CNH e do CRLV dos motoristas interessados em trabalhar para Uber.
Além disso, de tempos em tempos, o aplicativo da Uber pede, aleatoriamente, para que os motoristas parceiros tirem uma selfie, antes de aceitar uma viagem ou de entrar on-line. Todos os motoristas parceiros cadastrados na Uber, antes de começar a conduzir passageiros, passam por uma checagem de antecedentes criminais. Esse processo acontece nos termos da lei e é realizado por empresa especializada. A partir dos documentos fornecidos para registro na plataforma, a empresa consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país, em busca de apontamentos criminais antes do profissional começar a dirigir utilizando o app. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses.”