A mãe que deixou seu bebê em uma maternidade de Goiânia para a adoção após concebê-lo não vai responder a nenhum processo criminal. Segundo o delegado que cuida do caso, o bebê, que foi sequestrado na última quinta-feira (30/5) por uma técnica de enfermagem mas encontrado no mesmo dia, não foi deixado abandonado, e sim aos cuidados médicos e com disponibilidade para a adoção. A mulher teria aberto mão do bebê sequestrado por não ter condições financeira de criá-lo.
De acordo com o delegado Wellington Lemos, responsável pelo caso, a mulher, de 40 anos, tem já tem dois filhos biológicos e cuida de um terceiro, que seria filho do namorado. À polícia, a mulher disse que o deixou na maternidade pois a gravidez não tinha sido planejada e ela não tinha condições de criá-lo.
Entretanto, conforme o delegado, ela não será investigada criminalmente. “A ação dela não foi ilegal ou criminosa, ela não deixou o bebê abandonado, deixou aos cuidados médicos. Ela disse que ainda está duvidosa, mas tende a manter a adoção, porque não tem condições de criá-lo”, disse o delegado a um veículo local. A criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Relembre o caso do bebê sequestrado em maternidade de Goiânia
No dia 30 do último mês, uma quinta-feira, o bebê, deixado para a adoção foi sequestrado por uma técnica de enfermagem da maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia. Ele teria viajado ao menos 30 quilômetros dentro do baú de uma motocicleta, de acordo com informações do delegado Wellington Lemos na época. A técnica de enfermagem da unidade de saúde foi presa e o bebê encontrado após 10 horas de busca.
A criança nasceu no último sábado (25/5), mas foi abandonado pela mãe na maternidade. Cinco dias depois, neste 30 de maio, o bebê foi levado de dentro da ala neonatal por uma servidora. O desaparecimento foi rapidamente comunicado à Polícia Militar e a Guarda Municipal, que acionaram a Polícia Civil. O caso foi investigado pelo 22º Distrito Policial.
Conforme relato de testemunhas, a ação da técnica da enfermagem foi muito rápida e planejada. Antes de pegar a criança, ela cortou os fios do sistema de monitoramento para que o crime não fosse registrado. Elenita não trabalha na ala onde a criança estava internada. Uma outra enfermeira relatou à polícia que ela entrou no leito e pediu para segurar o bebê para fazê-lo arrotar, mas instantes depois ela saiu da sala com o recém-nascido no colo.