Dois criminosos ligados ao PCC, facção criminosa de São Paulo, foram presos na madrugada desta sexta-feira (31/5) momentos antes de tentarem explodir o caixa eletrônico de um banco no município de Abadiânia, a 90 quilômetros de Goiânia. Os suspeitos já estavam com o artefato explosivo pronto para a detonação quando foram surpreendidos pela polícia.
A prisão, que ocorreu por volta das 3h desta madrugada, se deu graças a um compartilhamento de informações entre policiais civis do Grupo Antirroubo a Banco (GAB/DEIC), e policiais militares do Batalhão de Rotam/CPC. Conforme a Polícia Militar (PM), foi verificado o planejamento por parte de um grupo criminoso vinculado ao PCC para explosão de um caixa eletrônico da agência da Caixa Econômica Federal da cidade de Abadiânia.
Segundo a PM, Diego de Oliveira Dias (vulgo “Branquinho”) e Bruno Henrique Lopes eram liderados por um detento da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), que dava as ordens de dentro da prisão. Diego era foragido da Justiça com várias anotações criminais, como organização criminosa, tráfico de drogas, furto qualificado. Já Bruno tinha passagens por roubo majorado e receptação.
Criminosos já estavam prontos para detonar caixa eletrônico de Abadiânia
Segundo a polícia, Diego e Bruno se preparavam para o estouro a caixa eletrônico quando foram pegos de surpresa. Foram apreendidos um artefato explosivo de uso industrial e cordel detonante, já preparados para detonação, assim como o veículo que seria utilizado no crime.
A dupla foi autuada por associação criminosa e posse de artefato explosivo.
O PCC
O PCC é uma facção criminosa que nasceu em São Paulo, mas que atualmente está presente em mais de 20 estados do Brasil, além de outros países fronteiriços. Trata-se de uma organização criminosa que movimenta milhões por ano, alicia milhares de criminosos em uma só rede e planeja diversos tipos de atos ilícitos no país.
Atualmente, o grupo pode ser encontrado em 90% dos presídios da capital paulista e consegue faturar R$ 120 milhões por ano. Para ter este dinheiro, a organização recebe uma espécie de mensalidade dos integrantes, onde os que estão livres pagam uma taxa de R$ 1 mil e os que estão presos R$ 50.
Além disso, o PCC é financiado pela venda de drogas e assaltos à banco, sequestros, assassinatos etc.