Supervisora do HRT é exonerada suspeita de vender vagas de cirurgias no Distrito Federal
Um processo administrativo foi aberto pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, para investigar um esquema de vendas de cirurgias no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Conforme a publicação de um jornal local, o principal alvo da investigação é a supervisora da emergência do HRT, Ruby Lopes. O periódico teve acesso a diversos áudios que mostram a supervisora negociando as cirurgias na unidade.
O governador em exercício do Distrito Federal (DF) Paco Britto, exonerou a servidora do cargo, o afastamento foi publicação em uma edição extra do Diário Oficial (DODF), após o caso ser denunciado. Conforme a publicação Ruby Luiz Ricardo Mota do Nascimento vai substituir Ruby na supervisão da emergência da unidade.
Conforme a publicação, a servidora prometia que iria conseguir as cirurgias para os pacientes e outros procedimentos médicos com um valor bem abaixo do mercado, em um hospital particular de Brasília. Para conseguir a vaga, a servidora cobrava o pagamento de uma taxa aos pacientes.
Próximo do procedimento supervisora ligava avisando que o exame seria feito no HRT
Vale ressaltar que a servidora aproveitava a proximidade da data do procedimento para informar aos pacientes que os atendimentos seriam efetuados no HRT, que é um hospital público e não poderia cobrar nenhum valor aos enfermos. Uma das cirurgias vendidas por Ruby durante uma negociação ficou com o valor de R$ 350 para o paciente. Diante das denuncias apresentadas, a servidora não se posicionou sobre o caso até o momento.
Durante uma negociação com um paciente, Ruby explica que o valor cobrado é para comprar os materiais para o procedimento cirúrgico, e encerra a conversa com o interessado informando a ele, que caso não efetue o pagamento da taxa, vai ter que aguardar por uma vaga em um posto de saúde.
Em outra conversa, a servidora afirma que o valor de R$ 350 não daria nem para ir ao hospital e cita o Hospital Santa Marta, que é particular, e onde supostamente ela conseguiria a cirurgia por esse valor. A direção do hospital afirmou que não tem conhecimento sobre Ruby e muito menos vínculo com a supervisora do HRT.