O pedido do ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, para que a investigação sobre a Operação Cash Delivery fosse enviada à Justiça Eleitoral foi acatado pelo juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara de Goiânia.
A ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) 15 dias antes das eleições do ano passado prendeu o braço de direto do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e posteriormente o ex-gestor. A operação investiga caixa 2 e um possível pagamento de propina da Odebrecht a Marconi Perillo.
O magistrado levou em consideração uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do dia 14 de março deste ano, devido a crime que tem conexão com o pleito eleitoral. Vale ressaltar que o Ministério Público Federal (MPF), em Goiás se posicionou de forma contrária ao pedido apresentados pela defesa de Jayme Rincón.
Além de solicitar que os documentos referentes a Operação Cash Delivery fosse para a Justiça Eleitoral, o ex-presidente da Agetop pediu também a nulidade de todos os atos praticados, entretanto essa parte da solicitação não foi atendida.
Jayme Rincon foi preso durante a Operação Cash Delivery
A operação foi deflagrada no dia 28 de setembro do ano passado, 15 dias antes do pleito eleitoral. Durante a ação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador Marconi Perillo, que na época era candidato ao Senado Federal, mas até passar as eleições não poderia ser preso por ser candidato, conforme regulamentado pela legislação eleitoral.
Foram cumprido 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Aruanã, em Goiás e nas cidades de Campinas e São Paulo.
Durante a operação, Jayme Rincón, seu filho, e o motorista do ex-presidente da Agetop e Policial Militar Márcio Garcia de Moura foram presos. Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados R$ 80 mil em uma caixa dentro de uma residência de Rincón.