Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) terminou com a prisão do ex-jogador de futebol Roni, de 42 anos, no último sábado (25/5) dentro de um camarote do Estádio Mané Garrincha no Distrito Federal (DF). A ação investiga fraudes nos boletins financeiros (borderôs) de partidas no Distrito Federal (DF).
A operação foi batizada de Episkiros, cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
De acordo com a publicação de um jornal local, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao ex-jogador que atualmente trabalha como empresário, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Brasília e Luziânia.
Roni por meio de sua empresa organiza partidas de equipes fora de seus estádios. Durante o acordo, o clube mandante recebe um determinado valor pelo jogo e os responsáveis pela organização ficam com parte dos lucros.
O ex-jogador acompanhava a partida do Campeonato Brasileiro da Série A, entre Botafogo x Palmeiras, que terminou com vitória da equipe paulista por 1 a 0, no momento que foi preso e de acordo com o periódico o jogo entre cariocas e paulistas foi organizado desta maneira.
Empresa do ex-jogador inseria dados falsos no borderô para pagar um valor menor de imposto e no aluguel do estádio
A PCDF afirmou que a operação investiga fraudes nos borderôs dessas partidas. Segundo as investigações, há indícios de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal. A polícia afirmou também que no boletim financeiro dos jogos dados falsos eram inseridos, com a informação de uma arrecadação menor, para pagar um valor menor de impostos e um valor mais em conta do aluguel do estádio, calculados levando em consideração a arrecadação total.
Responsável pela investigação, o delegado Adriano Sales Valente, afirmou que outros jogos em que o grupo do ex-jogador esteve envolvido na organização também vão ser investigados, não apenas os promovidos no Distrito Federal.
“O problema não é a venda de ingresso, a questão é que falta a declaração de ingressos vendidos. Então nós vamos analisar os materiais apreendidos e ouvir os investigados e continuar a investigação”, explica o delegado.