O caseiro desaparecido José Cláudio Facundo da Silva, de 40 anos, conhecido como “Ceará”, é foragido da Justiça há seis meses. Ele foi investigado por envolvimento em roubos a gados em Piracanjuba, Morrinhos e Pontalina.
A informação foi confirmada ao Portal Dia Online pelo delegado Leílton Benedicto de Arruda Barros.
José desapareceu no dia 16 de maio, há exatamente 7 dias, quando chegou às margens do Rio Meia Ponte, em Piracanjuba, no interior de Goiás, onde marcou encontro com um advogado. É a história que a mulher dele, Tainara Machado Souza, contou à Polícia e confirmou para a reportagem.
A mulher também confirmou que o marido sofria ameaças de morte porque cobrava cabeças de gados que lhe pertenciam. Ela não soube dizer de onde vinha os bovinos.
Acompanhado do dono de uma chácara com quem trabalha, José trocou poucas palavras com o advogado. De repente, uma caminhonete passou por eles, deu meia volta e dois homens o teriam rendido.
Segundo a única testemunha contou à família de José, os homens amarraram as mãos dele e o colocaram no banco de trás do automóvel. “Amanhã vamos ouvir essa pessoa”, disse o delegado.
Um dos supostos sequestradores teria dito à testemunha para que não olhasse para eles, não anotasse o número da placa e nem dissesse nada à polícia e à família.
Caseiro e a vida no crime: delegado diz que homem é conhecido como ladrão de gados em Piracanjuba
Segundo o delegado, José vive de crimes. “Ele é do tipo que consegue dinheiro com o roubo de gado, gasta tudo e some. Mas sempre reaparece roubando os bovinos em fazendas de novo, por isso é conhecido por nós. Eu mesmo o prendi uma vez”, pontua.
O delegado ainda explica que a principal suspeita é a de que José tenha se desentendido na partilha de gados roubados.
Um dos comparsas com quem José vinha brigando nas últimas semanas por conta de gados deve ser ouvido nos próximos dias.
Segundo Tainara, que presenciou diversas ligações do companheiro com o suposto advogado, as conversas eram tensas e envolviam a briga por causa de gados.
“A gente está investigando, mas desconfiamos dessa versão de sequestro. Como ele [Ceará] vive do crime, do roubo de gados, ele poderia ter pego uma grana e sumido, por exemplo. Mas vamos continuar com as diligências”, garante Leílton Benedicto.