O primeiro-tenente da Polícia Militar do Distrito Federal, Herison Oliveira Bezerra, assassinado por um policial civil no dia 15 de abril em uma boate de Águas Claras, foi homenageado durante a 2° Caminhada Pela Paz, ocorrida na manhã deste sábado (18/5), em Ceilândia, no Distrito Federal.
Herison recebeu homenagens de associações do Setor Habitacional Sol Nascente “em alusão ao excelente serviço que prestou a população de Ceilândia”. O evento reuniu ao menos 400 pessoas, de acordo com a PMDF.
PM é assassinado por policial civil em boate de Águas Claras
Um esbarrão resultou na morte do policial militar em uma boate localizada às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), em Águas Claras, no DF. Imagens de câmeras de segurança do estabelecimento registraram toda a ação. No vídeo é possível ver o momento em que o PM passa em frente ao policial civil, identificado como Péricles Marques Portela Junior, eles parecem conversar e logo ocorre um empurrão. O agente civil saca arma rapidamente e atira contra o PM, que ainda tenta pegar a pistola. Veja:
Segundo testemunhas, a confusão entre os dois agentes começou momentos antes dos disparos. O PM teria ido ao banheiro e o policial civil o aguardava na porta. O motivo seria um esbarrão. O crime ocorreu por volta das 3h do dia 15 de abril. No momento da confusão, a boate, que tem capacidade para 1,5 mil pessoas, estava cheia.
Herison Oliveira Bezerra, primeiro-tenente lotado no 10º Batalhão de Polícia Militar de Ceilândia, foi atingido com três disparos no tórax, feitos com uma pistola .40. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu aos ferimentos.
O policial civil Péricles Junior, lotado na 14ª Delegacia de Polícia do Gama (DF), tentou fugir, mas foi preso e conduzido à 21ª DP (Taguatinga Sul), onde o caso será investigado. Em primeiro depoimento, o policial civil alegou ter agido em legítima defesa.
Policial civil tem pedido de liberdade negado
No dia 18 do mesmo mês Péricles teve o pedido de liberdade negado pela Justiça. Segundo a publicação de um jornal local, o agente segue preso na Divisão de Controle de Custódia de Presos, na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O pedido de habeas corpus foi julgado pelo desembargador José Jacinto Costa Carvalho, que considerou, na decisão, que o policial civil é de alta periculosidade, uma vez que um simples esbarrão motivou o crime.