O ex-governador do Estado de Goiás José Eliton (PSDB) foi ouvido na manhã desta terça-feira (14/5) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a venda da Companhia Energética de Goiás (CELG) à Enel Distribuição há dois anos. José Eliton afirmou durante o interrogatório que, no período que esteve à frente da CELG, trabalhou para evitar a privatização da Companhia e que o pontapé inicial para privatização foi a venda da usina de Cachoeira dourada.
Antes de assumir o cargo de vice-governador na gestão de Marconi Perillo (PSDB), José Eliton chegou a presidir a companhia em 2011. No depoimento, o ex-gestor e ex-presidente da CELG, José Eliton afirmou que lutou para que a empresa não fosse privatizada.
Conforme relatado por Zé Eliton no depoimento, uma série de investimentos foram feitas na CELG, com o intuito de recuperar completamente a companhia. Entre os investimentos citados pelo ex-governador estão a construção de novas linhas e subestações no interior do estado e a retomada do Programa Luz para Todos, feito em parceira com o Governo Federal.
José Eliton afirma que venda da usina da hidrelétrica de Cachoeira Dourada foi o pontapé inicial para a privatização da CELG
O depoimento do ex-gestor foi para auxiliar os parlamentares que compõe a comissão compreender os motivos que levaram a privatização da estatal. José Eliton citou que a venda da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada, pertencente à Celg, e vendida durante a gestão do ex-governador Maguito Vilela entre os anos de 1995 a 1999, deu início ao processo de sucateamento que terminou com a venda da companhia em 2017.
O presidente da CPI, deputado estadual Henrique Arantes (PTB) após ouvir o depoimento de José Eliton, determinou que o ex-governador e ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela (MDB) seja ouvido pelo casa. O pedido para que Maguito seja ouvido é para esclarecer os pontos apontados pelo tucano da venda da usina hidrelétrica de Cachoeira Dourada ter dado início ao processo de sucateamento e posterior privatização da CELG.