Em entrevista a um jornal local, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Pros), disse acreditar não haver crimes que possam levar a um impeachment de Iris Rezende (MDB), prefeito de Goiânia. Ele também declarou que o pedido da cassação do prefeito seria pautado em críticas.
As declarações vieram depois que o ex-vereador e deputado estadual Alysson Lima (PRB) foi pessoalmente à Câmara Municipal, no último dia 8/5, protocolar um pedido de impeachment contra o prefeito. Na ocasião, o parlamentar chegou a afirmar que a peça tinha “fortes elementos jurídicos” que podem levar “ao impeachment do prefeito Iris Rezende”. Entretanto, o presidente da Casa parece não concordar muito com ele.
Segundo Policarpo, o pedido do impeachment protocolado será encaminhado para a Procuradoria, que irá emitir um parecer técnico sobre a peça. Entretanto, o presidente disse que “por acompanhar a gestão do prefeito”, acredita que, contra ele, só existem “críticas pontuais” e que não acredita que “haja crimes que possam levar ao impeachment”.
“Os procuradores [que darão o parecer técnico sobre o pedido de impeachment] são servidores de carreira na Câmara. Eu como vereador não consigo identificar crimes que possam atentar a permanência do prefeito no caso”.
Vereador líder do prefeito na Câmara reagiu a deputado que apresentou pedido de impeachment de Iris Rezende e disse que ele “não tinha o senso do ridículo”
A protocolização do pedido de impeachment de Iris Rezende por parte do deputado estadual Alysson Lima na manhã desta quarta-feira acendeu, além de uma confusão com bate-boca na Câmara Municipal de Goiânia, também uma rixa entre o vereador Oséias Varão (PSB) e o membro da Assembleia Legislativa. Após o deputado ir pessoalmente à Câmara para apresentar o pedido e ser impedido de usar a tribuna, Oséias chegou a dizer que Alysson era “ridículo” e que tentava usar a Câmara como “palanque político”.
Conforme o vereador, o pedido de impeachment apresentado pelo deputado Alysson Lima é “vazio de argumentos e fundamentos jurídicos”, uma vez que seria baseado apenas “numa denúncia do MPF”. A ação referida pelo vereador, que alega improbidade administrativa, foi proposta à 7ª Vara da Justiça Federal.
Em resposta ao vereador Oséias Varão, o deputado Alysson Lima chamou de “equivocadas” suas declarações, e disse que ao contrário do que foi dito pelo vereador, o processo montado por ele dispõe de três crimes de improbidade administrativa que foram reunidos em uma única peça jurídica.