Por meio de denúncia anônima a Polícia Miliar do Estado de Goiás (PM-GO) encontrou homem suspeito de duplo assassinato na Casa da Acolhida, no Setor Campinas, em Goiânia. Ele foi conduzido à Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DEIH), mas nega autoria do crime.
Como não foi detido em flagrante, o suspeito deve ser liberado.A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito.
O africano Mohamed Alie Jalloh, de 25 anos, e o brasiliense Emanuel de Barros Cezario, de 35, foram encontrados mortos na Casa da Acolhida deitados na cama em que dormiam na manhã de domingo (5/5).
Até o início da tarde desta segunda-feira (6/5), os corpos das vítimas continuavam no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.
O corpo do africano Mohamed estava com uma perfuração profunda no pescoço, conforme o delegado Klayter Camilo Resende Farinha disse durante o plantão ao Dia Online. O brasiliense Emanuel Barros foi morto asfixiado.
A delegada responsável pela investigação Magda D´Avila não atendeu às ligações, mas um agente informou que o suspeito seria ouvido nesta tarde.
Dois suspeitos, que dividiam quarto com as vítimas, simularam uma briga e foram expulsos da unidade que acolhe pessoas em situação de rua da capital.
No quarto em que foram encontrados, tem capacidade para quatro pessoas.
A reportagem busca mais informações.
Casa da Acolhida em que morreram africano e brasiliense é de responsabilidade da Prefeitura
Com capacidade para atender em torno de 240 pessoas, distribuídas em quartos em 3 andares, a Casa da Acolhida é um dos serviços sociais da Prefeitura de Goiânia.
No primeiro andar, existe uma recepção, cozinha, refeitório e banheiros. No segundo andar, o espaço é reservado aos homens solteiros, com uma sala de televisão, banheiros, espaço para a realização de curativos que se façam necessários. No terceiro andar, o espaço é reservado às famílias e mulheres e também conta com uma sala de televisão, banheiros e uma brinquedoteca para as crianças.