O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (6/5) ao jornalista Jackson Abrão da Tv Anhanguera. Durante a entrevista, Ismael afirmou que desde o início do governo um plano emergencial de trabalho para diminuir as deficiências no Hospital Materno Infantil (HMI) em Goiânia foi implantado, antes mesmo do pedido de interdição do hospital pela Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO).
O secretário afirmou que foram feitos pelos menos 30 apontamentos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) e que boa parte deles havia sido solucionado, com um total de 17 conforme levantado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na semana passada.
“No prazo de 15 a 30 dias esperamos resolver todos os problemas apontados e que motivou o pedido de interdição por parte do Ministério Público do Trabalho”, explicou o Ismael Alexandrino.
O secretário afirmou que as soluções para resolver os problemas mais pujantes do Hospital, são de médio e longo prazo e tem sido buscadas pela Secretária. “Nos estivemos no Materno Infantil no primeiro dia de governo, e mesmo com a ideia de construir outros dois hospitais voltado para cardiologia e para o câncer, constatamos que uma novo unidade do Materno é prioridade e estamos trabalhando para a construção de um Materno Infantil mais robusto, ou pelo menos o dobro do que temos hoje”, salienta o secretário.
Secretário afirmou que decisão de interdição do Materno Infantil foi desproporcional
Após quatro meses de auditoria, na semana passada, a SRT pediu a interdição do Materno Infantil. O pedido foi criticado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) que afirmou após receber o termo de interdição, que interditar a unidade seria um crime.
Na entrevista que concedeu hoje o secretário voltou a criticar tal decisão. “Chega a ser criminoso, é preciso entender que não fácil criar uma equipe especializada para tratar de cada criança daquela, recém-nascida, com tamanha gravidade. Remanejar dez pacientes de cada leito de um hospital A, B, C ou D é algo absurdo. Pois não há equipes e nem pessoal suficiente, nós tratamos de vidas”, disse Ismael Alexandrino.
Ismael afirma ainda que não nega que a estrutura da unidade não é adequada, mas a maneira que a decisão sobre interditar a unidade foi desproporcional e colocou em risco a vida das pessoas atendidas pelo Materno Infantil.