Em uma assembleia realizada por funcionários da Metrobus, empresa responsável pela gestão do Eixo Anhanguera, em Goiânia, ficou decida uma greve com paralisação prevista para o dia 13 ou 14 deste mês. A assembleia, que aconteceu no último domingo (5/5), contou com a participação e coordenação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e da Associação dos servidores da Metrobus.
Quase 500 servidores da empresa participaram do encontro que decidiu pela paralisação. Os funcionários da empresa protestam contra a redução ticket alimentação pela metade e contra o corte do anuênio equivalente a 3% do salário. Além disso, reclamam do adiamento da negociação do Acordo Coletivo 2019.
Ao Dia Online, a assessoria da Metrobus confirmou a realização da assembleia no último domingo, mas disse que a decisão da greve, que estaria já prevista para o dia 13 ou 14, não representa o posicionamento da empresa, e que a informação chegou à diretoria de forma extraoficial.
Nova assembleia de funcionários do Eixo Anhanguera deve acontecer, mas decisão de greve está mantida
A assessoria da Metrobus também confirmou ao Dia Online que a assembleia que ocorreu foi de caráter preliminar nova assembleia de funcionários da empresa está prevista para acontecer no próximo domingo (12/5), para uma nova deliberação. Entretanto, até o momento, a decisão de greve pelos funcionários é a que vigora.
De acordo com a assessoria da empresa, um dos motivos que teria provocada a decisão de greve seria a adoção, por parte da Metrobus, de uma “necessária redução de custos, que teria deixado alguns funcionários insatisfeitos”.
A empresa Metrobus, por meio de nota, disse que “é necessário a compreensão de todos” sobre os cortes que estão sendo feitos. Confira abaixo:
“A Metrobus informa que tem procurado manter diálogo com todos seus colaboradores. A realidade econômica de hoje é diferente das vividas em outras épocas e é necessário compreensão de todos. A direção da empresa, além de consulta à PGE – Procuradoria-Geral do Estado, solicitou apoio para mediação ao SET – Sindicato das Empresas de Transporte e também ao MPT – Ministério Público do Trabalho.A contraproposta apresentada, igualando alguns benefícios aos demais funcionários do Sistema de Transporte Coletivo é indispensável para o restabelecimento da saúde financeira da empresa, que vem sendo buscada com várias outras práticas de gestão, tais como, redução de comissionados, racionalização dos gastos e revisão de contratos.”
Passagem de ônibus ficou mais cara
Começou a valer no mês passado, sexta-feira (19/4), em Goiânia e Região Metropolitana, o novo valor da passagem de ônibus. A tarifa que antes custava R$ 4 agora custa R$ 4,30. O reajuste de 7,5% foi aprovado em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), ocorrida na última quarta-feira (17/4), no Paço Municipal.
O aumento da passagem foi aprovado por seis votos a dois, sendo estes dos representantes da Câmara Municipal de Goiânia e da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), vereador Lucas Kitão (PSL) e deputado Alysson Lima (PRB), respectivamente. Os dois parlamentares já haviam se manifestado contra o reajuste sem que fossem apresentados projetos de melhorias para o transporte público.