A Justiça prorrogou mais uma vez a estadia do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, no Instituto de Neurologia de Goiânia. João de Deus, que foi preso em dezembro de 2018 após centenas de denúncias de abuso sexual contra fiéis, deixou a prisão no dia 22 de março para ser internado no hospital, e trata um aneurisma abdominal.
A decisão de prorrogar por mais 30 dias o prazo de internação de João de Deus partiu do ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a um pedido da defesa de João de Deus, que segundo os advogados, tem problemas de pressão arterial e um “aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura”.
Ele estava preso preventivamente desde 16 de dezembro do ano passado pelas acusações de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que atendia pessoas em busca de tratamento espiritual, em Abadiânia, Goiás.
Médicos de João de Deus pediram prorrogação de sua internação após médium contrair pneumonia
Em abril deste ano, os médicos do Instituto de Neurologia de Goiânia solicitaram à Justiça a prorrogação da internação do médium João de Deus, alvo de denúncias e indiciamentos por abuso sexual, porte ilegal de arma e outros crimes mais. O motivo seria uma pneumonia contraída pelo homem.
De acordo com uma nota divulgada pelo hospital na época, “trinta dias foi o prazo autorizado pela Justiça para o tratamento médico-hospitalar do paciente”, se referindo ao médium. Entretanto, esse prazo precisaria ser estendido.
Conforme a nota divulgada na ocasião, os médicos pediram prorrogação do prazo, uma vez que João de Deus apresentava um quadro de pneumonia. A nota dizia ainda que, em respeito ao sigilo médico, não repassaria à imprensa mais informações sobre seu estado clínico.