Investigado por ter contratado servidores da Prefeitura para fazer serviços particulares e um funcionário fantasma, o então prefeito de Minaçu, a 504 quilômetros de Goiânia, Nick Barbosa (DEM) teve o mandato cassado na última terça-feira (30/4) pela Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal.
Com a cassação do mandato de Nick Barbosa, o vice-prefeito da Zilmar Duarte, conhecido como Zilmarzinho (PTC), foi empossado na tarde da última quarta-feira (1/5). A decisão dos vereadores foi encaminhada a Justiça Eleitoral para notificar o órgão sobre a cassação de Nick Barbosa.
O Secretário de Turismo e Esportes e Comunicação, Wedney Divino, conversou com o Dia Online e apresentou uma versão do que de fato ocorreu. Conforme Wedney, o prefeito cassado Nick Barbosa entrou com um mandado de segurança para evitar a cassação.
“O prefeito não aceitou a imposição de alguns vereadores exigindo propina e ele não quis pagar, por essa razão eles decidiram cassar o mandato dele”, conta Wedney.
O secretário conta que a Prefeitura precisava construir a cerca em um lixão que a população estava reclamando, e como a administração não tinha dinheiro para comprar a madeira, Nick Barbosa doou a madeira de sua fazenda, de algumas árvores que haviam sido derrubadas.
“Ele doou a madeira, pois a Prefeitura não tinha dinheiro para comprar a madeira. Além disso ele também doou o caminhão para o transporte do material para a construção da cerca. E pediu para que três servidores municipais fossem buscar o material e fazer o transporte para o lixão em que a cerca seria construída”, explica o secretário.
Servidor fantasma trabalhava em Goiânia e foi é investigado por envolvimento no esquema da venda de vagas no SUS
Outro motivo que levou a cassação do mandado do então gestor foi a contratação de um servidor fantasma. Segundo o secretário, o funcionário público trabalhava em Goiânia, inclusive o mesmo é investigado por envolvimento no esquema da venda de vagas no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ele dava apoio para que as pessoas pudessem ser encaminhadas a Casa de Apoio, mas esse rolo que ele fez com venda de vagas, em nenhum momento teve a permissão do prefeito”, conclui.