O aluno de 17 anos, que confessou ter matado o professor e coordenador Júlio Cesar Barroso de Sousa, de 41 anos, em uma escola pública de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, passou por avaliação junto ao Juizado de Menores, na manhã desta quinta-feira (2/5). Ele será mantido em internação provisória até a conclusão das investigações.
O crime ocorreu na tarde da última terça-feira (30/4), dentro da sala dos professores do Colégio Estadual Céu Azul, depois de uma discussão por assuntos disciplinares ocorrida entre o estudante, uma professora e o coordenador. Júlio César, que trabalhava na escola desde janeiro de 2019, foi morto com dois tiros, sendo um nas costas e o segundo na cabeça, disparado em uma distância mais curta.
Arma usada em crime de Valparaíso pode ter sido emprestada
A Polícia Civil procura o dono da arma usada pelo aluno de 17 anos para matar Júlio César. Após ser apreendido, no início da tarde desta quarta-feira (1º/5), o menor afirmou que a arma usada no crime foi emprestada por amigo, que também deve responder por participação no homicídio.
O menor L.R.L.O foi apreendido por volta das 12h de quarta-feira (1º/5), no quintal da casa de um parente, em Novo Gama. Ele estava escondido em cima de uma árvore. A mãe do estudante cooperou com a apreensão. À corporação, o menor disse que teve um “momento de fúria”, após o coordenador dizer que iria transferi-lo de colégio.
O crime
Conforme apurado no local, o estudante discutiu com uma professora e o professor, que também é coordenador da escola, interveio. “Durante a discussão entre os envolvidos o educador afirmou que o rapaz seria transferido de escola, o que não agradou o menor que foi embora e ameaçou o educador”, explicou ao Dia Online o delegado Rafael Abrão, responsável pelo caso.
“No período da tarde o aluno voltou a instituição armado e foi até a sala dos professores e efetuou dois disparos contra o coordenador, um dos tiros atingiu as costas do educador e o segundo em uma distância mais curta acertou a cabeça de Júlio”, contou ainda o delegado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) chegou a ser acionado pelos outros professores, mas ele morreu no local.
O corpo de Júlio Cesar deve ser enterrado ainda hoje (2/5), em um cemitério de Braslândia, no Distrito Federal.