Erlani Alves, madrinha da Emanuelly, de 1 ano e três meses, bebê morta em Santa Rita do Araguaia, interior de Goiás, no dia 19 de abril, diz que a confissão da mãe não foi nenhuma surpresa.
A princípio, o padrasto Gabriel Felizardo Silva, de 21, confessou o crime. Mas a mãe, Jacqueline Vieira, de 20 anos, em novo depoimento, voltou atrás e reconheceu que matou a filha, de 1 ano e três meses.
A madrinha da criança, Erlani Alves, conversou com exclusividade com o Portal Dia Online. “Dias após a morte, ela não demonstrava saudade da menina. Eu até pedi perdão para ela porque sempre dizia para as pessoas que eu estava pior do que a mãe por causa do crime”, conta.
Ainda segundo Erlani, Jacqueline não parecia sentir nenhuma raiva de Gabriel. “Falei com o pai da Emanuele. A gente não imaginava que aparecia algo mais doloroso do que a morte da nossa bebezinha. Saber que isso partiu da mãe é difícil. Não sei se sinto ódio, pena ou tristeza”, diz.
A mãe da criança conversou com a reportagem do Dia Online dias após o sepultamento, como você pode ler aqui. Em 20 minutos de ligação, respondeu monossilabicamente às perguntas com “sim” ou “não” e às vezes ficava em silêncio.
Levada ao hospital com afundamento após agressões, a criança teve morte encefálica.
Insatisfeito com as provas contra o padrasto, o delegado Marcos Guerini continuou as investigações e confrontou a mãe, que, na segunda-feira (29/4), confessou que arremessou a filha duas vezes contra a parede do próprio quartinho.
Após confissão, padrasto vai responder por “autoacusação falsa”, em Goiás
O delegado encaminha nesta terça-feira (29/4) o inquérito ao Poder Judiciário, com o indiciamento da mãe por lesão corporal seguida de morte ou homicídio por dolo eventual. O padrasto Gabriel vai responder por crime de autoacusação falsa.