Novo técnico do Goiás Esporte Clube e substituto do recém demitido Maurício Barbieri, Claudinei Oliveira deu entrevista a um veículo goiano e adiantou que “demanda tempo” identificar o elenco do clube para melhorá-lo. Ele também afirmou que não possui o conhecimento do dia a dia do Goiás, e que “não é Harry Potter” para fazer mágica.
Claudinei, que teve a contratação anunciada nesta semana, chega ao Goiás no lugar de Barbieri depois de sua permanência passar a ser vista como insustentável. Sob o comando de Barbieri, o time esmeraldino teve grandes tropeços, como a perda do título do Goianão para o Atlético Goianiense e a eliminação em casa da Copa do Brasil pelo alagoano CRB.
Com uma passagem na conta pelo Goiás em 2014, Claudinei adiantou que ainda está analisando o campo para deliberar possíveis alterações. De acordo com ele, “não existe só uma maneira de jogar futebol”, uma vez que as qualidades e faltas de cada time devem ser levadas em conta. “A gente olha o time do Guardiola (Manchester City), do Barcelona e começa a achar que só aquilo é futebol. Mas tem outros times. Olha o Liverpool do (Jurgen) Klopp. Quando eu treinava o Sport, a gente era o time que menos trocava passes para finalizar. Posse de bola não ganha jogo. O que ganha jogo é bola na rede”, disse.
Claudinei também tentou acalmar os ânimos e manter estáveis as expectativas quanto à sua atuação à frente do Goiás. Conforme o novo técnico esmeraldino, a identificação para melhoria da equipe “demanda tempo”. Ele também procurou manter os pés no chão: disse que futebol “não é mágica” e que ele “não é Harry Potter”.
“Esse conhecimento do dia a dia do Goiás eu não tenho. O Léo Sena é um grande jogador. Já trabalhei com o Marlone, Daniel Guedes, Fábio Sanches. Vou ver e identificar a equipe. Isso demanda tempo. Futebol não é mágica e eu não sou Harry Potter. É achar um caminho que nos leve a vitórias. Se acontecer, magnifico. Mas o importante é vencer e ter os três pontos”, declarou.
“Precisamos encontrar um modelo para jogar”, diz Claudinei Oliveira
O novo técnico esmeraldino também demonstrou preocupação com o que ele considera essencial para o time: pontuação. De acordo com ele, é preciso profundidade para Michael e bola para Léo Sena.
“O importante é pontuar. Se jogar bonito, trocar 500 passes e perder os jogos, vamos ser rebaixados. O Léo Sena precisa da bola para jogar e o Michael precisa de profundidade para jogar. Se pegar um time com a linha baixa, como aconteceu com o Atlético, o Michael vai ter dificuldade. Agora no contra-ataque ele vai sobressair. Precisamos encontrar um modelo para jogar”, garantiu.