Flávio Leonel Moraes, de 36 anos, morreu após se afogar no Rio Meia Ponte, em Goiânia no último dia 11 de abril de 2019. Flávio era funcionário da companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) e o corpo de Flávio foi encontrado dois dias depois dele desaparecer no rio. Desde então a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) investiga o caso.
Na manhã desta terça-feira (23/4) a polícia afirmou que trata o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pois a empresa teria agido com negligência no dia da morte do funcionário, que trabalhava em uma canoa, que começou a ser levada pela correnteza e Flávio decidiu pular. Segundo as informações publicadas no portal de notícias G1, quando o corpo do funcionário da companhia foi encontrado, o mesmo não fazia o uso do colete salva-vidas.
Responsável pela investigação, o delegado Wellington Lemos afirmou que o caso não é tratado mais como um acidente, mas como um homicídio culposo, pois existem todos os elementos que corroboram para isso. “Houve negligência, omissão por parte de algumas pessoas, que nós estamos investigando”, declarou o delegado.
Testemunhas contaram que haviam pessoas responsáveis por oferecer equipamentos e garantir a segurança do funcionário da Saneago
A declaração foi fornecida pelo delegado, após ouvir algumas testemunhas do caso. De acordo com Wellington os presentes afirmaram que haviam outras pessoas presentes que tinham como responsabilidade garantir a segurança dos funcionários e dar o equipamento adequado para ser feito o trabalho. Além disso o delegado afirmou que no inquérito aberto para apurar a morte de Flávio não há informações de que o colete salva-vidas foi entregue a vítima.
Wellignton Lemos lembrou que no momento que Flávio pulou na água, a equipe que trabalhava na região fazia o nivelamento das réguas da estação. Três pessoas foram ouvidas e outros envolvidos no caso vão ser interrogados, o delegado também aguarda os laudos da perícia.
A Saneago afirmou que não foi notificada sobre a conclusão do inquérito, e que apenas vai se posicionar após ter conhecimento sobre o processo. A companhia informou também que oferece todos os equipamentos e treinamento para as equipes, além de cobrar dos funcionários o uso dos itens.