A implantação do já quase lendário BRT em Goiânia, que já está em atraso, está gerando bastante polêmica entre os usuários do transporte coletivo na capital. Isso porque a execução do projeto vai exigir a transferência provisória do Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, para um local a 1 quilômetro dali.
Conforme apurado pela reportagem do Dia Online, o terminal provisório será construído no canteiro central da Alameda João Elias da Silva Caldas, cerca de 1 km do atual Terminal Isidória, pelo tempo necessário para reconstrução no novo terminal apropriado para o BRT. No entanto, a comunidade local não teria sido informada e não houve diálogo sobre os impactos de trânsito e ambiental que a região irá sofrer.
O departamento da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) responsável pelas obras e implentação do BRT foi contatado pela reportagem do Dia Online, e disse em nota que o canteiro que será usado para o terminal provisório será restaurado após ser usado e transformado em praça. Confira abaixo:
“O Consórcio responsável pelas obras do BRT informa que os trabalhos para instalação do terminal provisório no Setor Pedro Ludovico já foram iniciadas e serão entregues em 60 dias. Na sequencia, a empresa inicia as obras de requalificação do Terminal Isidória, prevista para ser entregue no fim de 2020.
Em relação ao local que abrigará o terminal provisório, a Prefeitura de Goiânia informa que todo o canteiro será recuperado e transformado numa praça.”
Vereador fará reunião para tratar da insatisfação da população quanto à transferência do Terminal Isidória por causa do BRT
O vereador de Goiânia Paulo Magalhães (PSD), representante do Setor Pedro Ludovico, informou por meio de sua assessoria que vai realizar nesta segunda-feira (8/4), a partir das 19h, uma reunião com moradores, comerciantes e representantes da CMTC, Prefeitura de Goiânia, Seinfra e das empresas do consórcio do BRT, para discutir a mudança provisória do Terminal Isidória para implantação do BRT. O encontro irá ocorrer na Alameda João Elias da Silva Caldas.
“Durante décadas, essa avenida ficou abandonada e a cerca de 11 anos conseguimos, com recurso próprio, revitalizar e construir os canteiros centrais. É um absurdo destruir esse espaço e, principalmente, sem comunicar a população local. Compreendo a importância do BRT para mobilidade urbana, mas não posso concordar em destruir uma praça, sendo que existem outros locais no setor para abrigar o terminal provisório”, declarou Paulo Magalhães.
O vereador ainda pretende apresentar à equipe responsável pela obra outras duas áreas no Setor Pedro Ludovico que podem abrigar o terminal provisório. E caso não haja entendimento, o vereador disse que vai exigir um acordo por escrito para que o consórcio do BRT, após terminar a construção do novo terminal, reconstrua e faça benfeitorias nas quatro ilhas da Avenida João Elias.