Uma estudante de 19 anos denunciou que foi obrigada a abortar a criança que estava esperando, pela sogra e pelo namorado, na cidade de Eldorado no Mato Grosso do Sul (MS). Os dois suspeitos de obrigar a jovem a perder o bebê foram detidos e negam as acusações.
Testemunhas do caso vão ser ouvidas a partir desta segunda-feira (8/4) pelo delegado responsável pelas investigações, Pablo Reis. Conforme a publicação de um Jornal da região, a moça descobriu que estava grávida de três meses na quinta-feira (4/4) e contou para o namorado de 17 anos, que é funcionário de uma farmácia e estudante de Direito.
No relato da jovem, os dois combinaram de se encontrar na sexta-feira (5/4) na casa onde ele mora com a mãe. “O namorado estava com a mãe dele e com um amigo que trabalha na farmácia com o rapaz, eles entraram em um quarto e trancaram a porta e afirmaram que a jovem precisava abortar, pois não não teria condições de cuidar da criança, no entanto a moça se negou a fazer o aborto e foi ameaçada e agredida pelos suspeitos”, relata o delegado.
Suspeitos obrigaram a moça a tomar quatro comprimidos abortivos
Segundo o relato da moça, enquanto estavam trancados no quarto, os suspeitos obrigaram a moça a tomar quatro comprimidos de um remédio abortivo comprado no Paraguai. A moça alega que tomou a medicação forçada, pois pensou que seria liberada pelos suspeitos, mas isso não ocorreu.
Conforme as informações do delegado os suspeitos afirmaram que era preciso concluir o serviço, então tiraram a roupa da moça, agrediram ela e colocaram outros comprimidos no órgão genital da vítima.
O delegado afirmou que a irmã da jovem desconfiou do encontro e foi ao local, onde encontrou a estudante chorando e desesperada, e sem dar muitas explicações os envolvidos deixaram o quarto e a polícia foi chamada para atender a ocorrência.
A mãe do rapaz foi presa, enquanto o namorado e o amigo que trabalha junto com ele na farmácia foram apreendidos em flagrante. Os envolvidos no caso estão na delegacia da cidade e vão passar pela audiência de custódia na próxima segunda-feira (8/4).
Os suspeitos foram autuados por aborto consumado, tortura e cárcere privado, vale ressaltar que a sogra da estudante também foi autuada por corrupção de menores. Os envolvidos negaram todas as acusações e alegaram que a moça abortou por vontade própria e que estavam com ela apenas para orienta-la, mas versão apresentada não convence a polícia.