A ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Câmara dos Deputados, em Brasília, na última quarta-feira (3/4) terminou em uma enorme confusão com bate-boca, troca de ofensas e até escolta. Os ânimos, que já estavam exaltados no debate sobre a Reforma da Previdência, defendida pelo governo federal e sua base aliada, acabaram explodindo depois que um deputado disse que Guedes “era tigrão com pobres e tchutchuca com os ricos”. O deputado goiano Delegado Waldir (PSL-GO) foi um dos que se envolveram na confusão, defendendo o ministro e ajudando a escoltá-lo para fora da Câmara.
A reunião dos deputados com o ministro da Economia ocorreu na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na Câmara dos Deputados, e durou mais de seis horas. Entretanto, teria durado mais se um verdadeiro pandemônio não tivesse se instalado entre os parlamentares. O debate, que já estava acalorado, se transformou numa briga com troca de insultos depois que o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), ao cobrar de Guedes dados e projeções sobre a Reforma da Previdência, disse que o ministro “era tigrão com pobres e tchutchuca com os ricos”.
Um bate-boca, inevitavelmente, começou. De um lado, parlamentares defendiam Guedes e exigiam respeito ao ministro. Do outro, deputados defendiam o posicionamento do deputado Zeca Dirceu e atacavam a reforma proposta por Guedes. O deputado Delegado Waldir, eleito por Goiás, foi um dos que se envolveram na confusão para defender o titular do Ministério da Economia.
Num dos pontos altos da confusão, é possível ver, por um vídeo que circula na internet, o deputado goiano esbravejando para alguém em sua frente. “Para de chilique! Para de chilique! Respeite o ministro!”, grita. Ao Dia Online, o deputado disse que a “bronca” estava sendo direcionada para duas parlamentares que estariam “extremamente alteradas”, de acordo com ele, e xingando o ministro.
“Eu falei pra elas que aquilo ali não era lugar para dar chilique, porque elas estavam xingando e atacando o ministro”, conta ele. Entretanto, o deputado não conseguiu se lembrar quem eram as deputadas. “Se fosse a Maria do Rosário, eu me lembraria”, diz.
Deputado Delegado Waldir conta que precisou ajudar na escolta para que Guedes saísse da CCJ
A confusão armada na CCJ depois do debate sobre a Reforma da Previdência foi tamanha que o ministro Paulo Guedes precisou de escolta da Polícia Legislativa e de alguns parlamentares para sair do local.
À reportagem do Dia Online, o Delegado Waldir disse que ele foi um dos deputados que ajudou o ministro a deixar o lugar. “Tive que ajudar a escoltar o ministro! Se esse pessoal ataca com palavras, ataca de outra forma também”, diz.
Veja o vídeo do momento em que o deputado grita “Para de chilique” e ajuda a escoltar o ministro da Economia: