Após a grande repercussão da trágica morte do menino de 5 anos de idade na fila de atendimento do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, o Governo de Goiás anunciou recentemente a ampliação, no prazo de 60 dias, de leitos pediátricos na unidade hospitalar. O anúncio foi feito através da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
De acordo com a pasta, a ação imediata prevê, também, para os próximos quinze dias a ativação de mais 10 leitos de UTI e cerca de 30 de enfermaria. Objetivo seria desafogar atendimento do HMI
A medida, em caráter de emergência, vem quatro dias depois da morte do pequeno Diogo Carmo Soares numa fila de atendimento do HMI. Ao chegar ao hospital já com péssimo quadro clínico, Diogo passou por exames que descartaram dengue e pneumonia. O menino chegou a tomar soro e aerossol, mas conforme o hospital em nota, seu quadro clínico evolui grave e rapidamente, não respondendo às manobras de ressuscitação.
O óbito do pequeno Diogo foi confirmado pelo hospital às 13h55 do dia 28/3, e seu corpo foi enviado para os testes que determinarão o que causou sua morte. A morte da criança causou grande comoção na população goiana.
Secretário da Saúde diz que HMI já está além de seu limite
De acordo com o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, a estrutura atual do Materno não é adequada para a assistência à população goiana e a capacidade da unidade já está além do seu limite operacional há muito tempo. Por isso, a gestão estaria buscando, desde o primeiro dia da gestão, ações de curto, médio e longo prazo para diminuir a sobrecarga do HMI.
Nesse sentido, os esforços anunciados pelo Governo de Goiás englobam, de imediato, a contratualização de novos leitos no Hugol e provavelmente no recém-inaugurado Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP); a ampliação de leitos no HMI, em 60 dias; e a construção, em longo prazo, de um novo hospital de mesmo perfil, mas com o dobro de capacidade de atendimento do atual Materno-Infantil.
Além disso, o gestor se colocou à disposição da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia para oferecer soluções à falta de atendimento pediátrico na rede municipal, a fim de que casos de menor complexidade tenham resolutividade nas unidades municipais, como no Cais Campinas, que concentra hoje todo o quadro de médicos pediatras contratados pela Prefeitura.