Durante uma assembleia com indicativo de greve, na tarde desta segunda-feira (1/4), em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, no Centro de Goiânia, os membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, em Goiás (Sintego) aprovaram a paralisação das atividades dos professores a partir da próxima quarta-feira (3/4).
O Dia Online conversou com a presidente do Sintego, Bia Lima que afirmou que a greve começa na quarta-feira e que a mesma vai ser mantida até a próxima assembleia da categoria, marcada para próxima segunda-feira (8/4).
“Nós estamos cobrando o pagamento restante do mês de dezembro do ano passado; o pagamento do mês de março e o retroativo da alimentação”, conta a presidente do sindicato. Segundo Bia Lima, o governador Ronaldo Caiado (DEM), não cumpriu com a promessa feita a categoria de pagar dentro do mês trabalhado e o salário de dezembro do ano passado.
Presidente do Sintego lembra que governador prometeu pagamento dos professores e servidores dentro do mês trabalhado, mas não cumpriu com o combinado
Bia lembrou que Caiado se comprometeu a pagar os servidores dentro do mês trabalhado, o que não ocorreu. Vale lembrar que na semana passada o goverandor afirmou que não poderia cumprir com a promessa de pagar os salários dos servidores do Estado dentro do mês trabalhado.
O governador alegou também que toda folha do mês de março tem até o dia 10 de abril para ser quitada conforme lei estadual. O que desagradou os educadores de Goiás pelo descumprimento da promessa feita.
“Ele [Caiado] disse que ia pagar o salário dentro do mês trabalhado, e isso não foi cumprido. Ele anuncia e não cumpre, está ficando feio”, declarou a presidente do Sintego.
A reportagem entrou em contato por telefone com a Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc) que por meio de nota afirmou que as reivindicações pedidas pelos professores estão sendo resolvidas pelo governo de Goiás. Referente aos pagamento dos salários de dezembro, a nota informou que os educadores com vencimentos no valor até R$ 2.670 foram efetuados no mês de fevereiro e que depois passaram a ser quitados os salários dos professores que recebem entre R$ 2.760 e R$ 3.574.
A Seduc reafirmou o estado de calamidade financeira no qual a atual gestão encontrou Goiás com uma dívida de R$ 3,4 bilhões. E que além o pagamento do mês dezembro do ano passado não ter sido efetuado, o décimo terceiro também não foi pago aos servidores e que a gestão anterior deixou outras dívidas para serem quitadas.
Confira a nota
“Sobre a deliberação feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintego), na tarde desta segunda-feira (01/04), e que decidiu pela realização de uma greve de três dias, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) destaca que a pauta de reivindicações informada aponta para assuntos que já estão sendo resolvidos pelo Governo de Goiás.
Sobre a reivindicação acerca do pagamento do mês de dezembro, os servidores da educação estadual começaram a receber o salário de dezembro de 2018, que não foi pago pela gestão do ex-governador José Eliton, ainda no mês de fevereiro quando foram efetuados os pagamentos para os servidores que ganhavam até R$ 2.760, e depois para os que recebiam entre R$ 2.760 e R$ 3.574.
Na última semana, no dia 29 de março, os servidores ativos da educação e que recebem de R$ 3.574,01 até R$ 4.590, e inativos que recebem até R$ 2.670, também receberam, totalizando cerca de 52 mil pessoas que receberam os vencimentos de dezembro, o que representa mais da metade de servidores da folha. A secretária Fátima Gavioli reafirma o estado de calamidade financeira em que o Estado de Goiás foi encontrado pelo governador Ronaldo Caiado, com dívidas superiores a R$ 3,4 bilhões, e ressalta que tudo está sendo feito dentro da pasta para regularizar a situação.
Além de não ter efetuado o pagamento da folha de dezembro, o governo anterior não realizou o pagamento do décimo terceiro salário dos professores e servidores com contrato temporário, de duas parcelas do prêmio Reconhecer, e deixou diversas outras dívidas.
Ainda assim, o auxilio alimentação, que foi extinto pelo ex-governador José Eliton, foi instituído pela atual gestão e agora realmente como um benefício para os professores e servidores e não mais com viés eleitoreiro. Ele será creditado aos servidores junto com o pagamento de março. Além disso, a discussão sobre a adequação ao piso nacional dos professores será realizada após o pagamento de toda a folha de dezembro de 2018 que, reafirmamos, não foi paga pela gestão anterior.”