Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Goiás retornou a Brumadinho, em Minas Gerais, para auxiliar nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrida no dia 25 de janeiro. A solicitação foi feita pelo governo mineiro. Segundo último levantamento, 217 pessoas morreram e 87 continuam desaparecidas.
Os militares, juntamente com cães de resgate, embarcaram no último sábado (30/3). Atualmente, de acordo com informações da corporação, o trabalho de busca dos corpos das vítimas conta com 145 bombeiros que trabalham em 23 frentes, com 83 máquinas pesadas, seis cães e um drone.
Além da morte de funcionários da Vale, que almoçavam no momento do rompimento, e moradores de Brumadinho, os rejeitos da barragem contaminaram o Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco.
Bombeiros de Goiás que atuam em Brumadinho são especialistas
No dia 26 de janeiro, um dia após a tragédia, por determinação do governador Ronaldo Caiado (DEM), bombeiros foram enviados a Brumadinho para dar apoio às operações de resgate. A barragem de rejeitos se rompeu no dia 25 de janeiro e a lama destruiu o refeitório e o prédio da mineradora, além de pousadas, casas e vegetação.
Os seis militares de Goiás que formaram a equipe são especialistas no atendimento de ocorrências com vítimas desorientadas ou desaparecidas em matas, escombros, deslizamentos ou na água. Os cães de salvamento são capazes de fazer buscas de pessoas vivas ou mortas em áreas rurais, áreas deslizadas e estruturas colapsadas. Eles retornaram para Goiás no início de fevereiro.
Atual situação de Brumadinho
De acordo com último levantamento da Defesa Civil de Minas Gerais, 217 corpos já foram identificados, 87 pessoas continuam desaparecidas e 395 localizadas. Nesta segunda-feira (1/4), completam-se 67 dias de buscas. A operação de resgate já é considerada a maior do estado mineiro.
Segundo especialistas, a barragem da Vale utilizava tecnologia de construção comum, mas era considerada opção menos segura e mais propensa a riscos de acidentes. Até o momento, a empresa teve quatro bloqueios de recursos, que totalizam R$ 11,8 bilhões.