O caso do pequeno Diogo Carmo Soares, de apenas 5 anos, que morreu nos braços da mãe na última quinta-feira (28/3) enquanto aguardava atendimento na fila do Hospital Materno Infantil (HMI), comoveu a população goiana. Diego, que tinha síndrome de Down, ainda não teve a causa da morte confirmada, mas de acordo com relatos de sua tia, seu quadro de saúde piorou num curto intervalo de tempo. Um dia antes de dar entrada no HMI, conforme a tia, o menino passou por atendimento no Cais de Campinas, onde foi diagnosticado com alergia.
Conforme relato de Keith Lorrane Soares, tia de Diogo, o menino passou mal na madrugada de terça-feira (26/3), quando manchas apareceram por todo o seu corpo. A mãe, segundo Keith, decidiu levá-lo ao Cais de Campinas, em Goiânia. Lá, a tia de Diogo conta que o sobrinho foi diagnosticado com alergia pelo médico que o atendeu e receitou uma pomada.
Ao voltar para casa com o filho, conforme Keith, a mãe de Diogo aplicou a pomada e as manchas desapareceram. Entretanto, sintomas piores vieram. A um jornal local, Keith disse que Diogo começou a ficar com a barriga inchada, falta de ar e também a vomitar. Foi quando a mãe decidiu levá-lo ao HMI.
No hospital, Diogo passou por exames que descartaram dengue e pneumonia. O menino chegou a tomar soro e aerossol, mas conforme o hospital em nota, seu quadro clínico evolui grave e rapidamente, não respondendo às manobras de ressuscitação.
O óbito do pequeno Diogo foi confirmado pelo hospital às 13h55 de ontem, e seu corpo já foi enviado para os testes que determinarão o que causou sua morte.
Secretaria Municipal de Saúde disse que vai se manifestar sobre atendimento no Cais de Campinas de menino que morreu no HMI
Procurada pela reportagem do Dia Online, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse por meio de nota que Diogo “foi atendido no Cais Campinas na última segunda-feira, 25 de março, com queixas de alergia e febre naquele dia”, e que ele “recebeu atendimento e foi medicado de acordo com o quadro clínico que se apresentou no momento”.
Já o Hospital Materno Infantil, em nota, declarou que Diogo foi atendido por médico pediatra, e que a unidade encontra-se “em superlotação constante, e diante desta realidade, a criança permaneceu nas cadeiras com a mãe, recebendo o tratamento prescrito e aguardando vaga em leito”.
Veja a nota:
“Nota do HMI
O Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) informa que o paciente D.C.S., de 5 anos, deu entrada no hospital às 3h da madrugada do dia 28 de março (quinta-feira). Passou pela Classificação de Risco sendo classificado como ficha amarela. Foi atendido por médico Pediatra e iniciados os procedimentos terapêuticos e diagnósticos. Conforme amplamente divulgado e informado o HMI encontra-se em superlotação constante, e diante desta realidade, criança permaneceu nas cadeiras com a mãe, recebendo o tratamento prescrito e aguardando vaga em leito. Porém, o quadro da criança evoluiu com muita gravidade não respondendo às manobras de ressuscitação na sala de reanimação, e às 13:55 foi constatado óbito. O corpo de D.C.S foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), para investigação da causa da morte.”