Os integrantes da organização criminosa Bonde dos Cria, que atuavam na cidade de Buriti Alegre, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Conforme as informações do MPGO foram feitas quatro denúncias contra 33 membros da organização, que era dividida em núcleos para manter os pontos de vendas de drogas no município.
Conforme as investigações do MPGO, o município há alguns anos tem enfrentado a guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Matar, Vingar e Libertar (MVL), na disputa pelo tráfico de drogas na região. Durante os levantamentos, o órgão constatou que alguns membros do MVL criaram uma nova organização, a qual recebeu o nome de Bonde dos Crias ou Bonde dos Corre.
Com a denúncia formulada pelo MPGO, os integrantes da organização criminosa passam a ser réus e vão responder pelos crimes de formação e organização criminosa e emprego de arma de fogo. A prisão dos suspeitos ocorreu durante a operação Antracnose da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) com apoio da Promotoria de Justiça de Buriti Alegre, deflagrada no mês passado.
A primeira denúncia do MPGO foi em desfavor dos líderes da organização. Entre eles estão Iago Aparecido Costa Silva, Divino Eterno Venêncio Alves, Robert Alves dos Santos conhecido também pelos apelido de Bob ou Robinho, Weslei Borges de Carvalho (o Manteguinha), Renan Fernandes Batista, Jhonatta de Lima Ferreira e Iully Pires.
Conforme as investigações apontaram, Divino e Robert são os líderes da organização e comandavam as ações do grupo de dentro da unidade prisional do município com celulares clandestinos, através dos quais repassavam as ordens para compra de arma, distribuição das drogas e assassinatos de integrantes dos grupos rivais.
Por sua vez, a mulher de Divino, Iully, era quem repassava as ordens dos líderes do grupo aos outros integrantes para comprar armas, receber o dinheiro e coordenar os pontos do tráfico de drogas. As investigações do MPGO apontaram que os membros do grupo eram divididos em núcleos e que cada um tinha uma tarefa específica dentro da organização.
Organização criminosa tinha membros responsáveis por manter a hegemonia do grupo na cidade
As investigações mostraram que Weslei, Renan, Jhonatta e Iago ocupavam uma posição de destaque dentro do grupo, pois eram os responsáveis por manter a hegemonia do bando na cidade. Segundo o MPGO, Renan era o braço armado da organização e comandou uma boca de fumo na cidade, além de ter cometido vários homicídios contra os membros de uma organização rival.
Conforme as informação do MPGO, o presídio da cidade não comporta presos de alta periculosidade como os líderes da organização e por isso no dia 12 de fevereiro deste ano solicitou a transferência delas, porém ela não foi efetivada e agora quer a determinação judicial para que a medida seja cumprida e mantenha os líderes da organização isolados.
Foram denunciados também Maike Rodrigues da Silva conhecido como Noturno, Geovana Carolina Silva, Marcelo Alves de Morais – o Champs, Keitillyn Fernanda Sabara Silva, Kaike Marques de Almeida, Viviane Pereira de Lima, Maria Beatriz Ribeiro a Bia, Marcos Antônio Ribeiro – o Tonho da Bia, Bianca Aparecido Ribeiro, Raquel Martins conhecida pela alcunha de Raquel Litrão.
Conforme o MPGO, valores depositados em contas bancárias, principalmente no nome de Bianca, eram usadas para recolher o dinheiro do tráfico de drogas. Diante desta informação, o órgão solicitou o bloqueio dos valores depositados nessas contas.
Luís Felipe Machado Campos, conhecido por Banana, Rael Luca Honorato, Carlos Fernandes – o Carlinho Cigano, Paulo Augusto Telles Gomes conhecido também pelos apelidos Codornar ou Babilônia, Thales Telles o Pipoca, Paulo Henirque Custódio, Cleider Ferreira da Silva, Fagner Garcia da Sival e Alef Domingos Costa foram denunciados pelos crimes de organização criminosa e emprego de arma de fogo.