Com o cumprimento de cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão, além dos sequestros de 65 imóveis de pessoas ligadas ao ex-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), na segunda fase da Operação Decantação, esperava-se que o ex-gestor do Estado também fosse preso durante a ação, no entanto o juiz federal Rafael Slomp negou o pedido de prisão contra José Eliton e determinou apenas que fossem feitas as buscas na casa do ex-governador do Estado.
A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (28/3) após a operação que investiga o desvio de dinheiro na Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) prender cinco pessoas na manhã de hoje. Conforme o delegado da Polícia Federal (PF), Charles Cavalcante Lemes, a prisão do ex-governador chegou a ser pedida, mas devido ao fato de ele não estar mais na administração e a contemporaneidade dos fatos, o magistrado negou a solicitação.
Por sua vez o advogado do ex-governador, Tito Amaral, por meio de nota afirmou que a Justiça Federal não decretou qualquer outra medida contra José Eliton, além das buscas de documentos, pois não há indícios concretos do envolvimento do ex-governador nos fatos investigados.
Operação Decantação 2 cumpriu mandado de busca e apreensão no condomínio do ex-governador José Eliton
A segunda fase da Operação Decantação deflagrada na manhã desta quinta-feira, cumpriu cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão, além de fazer o sequestro de 65 imóveis ligados a empresários e ao ex-governador José Eliton.
A ação investiga o desvio de verbas da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), entre os anos de 2012 e 2016. Durante as buscas em Goiânia e Aparecida de Goiânia, a PF encontrou na casa de uma das investigadas uma mala com cerca de R$ 800 mil reais em espécie.
A PF afirmou que a Operação de hoje foi deflagrada após a análise dos documentos apreendidos na Operação Decantação em 2016, responsável por desarticular uma célula criminosa que desviou aproximadamente R$ 4,5 milhões da Saneago.
Os investigados vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, fraudes em processos licitatórios e lavagem de dinheiro.