O diretor de Relações Institucionais da Enel Distribuição Goiás, Humberto Eustáquio, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (21/3) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) para investigar a qualidade dos serviços prestados pela Enel e também o que foi feito com o dinheiro da venda da Companhia Energética de Goiás (CELG).
Durante o seu depoimento, o diretor da Enel afirmou que mesmo sendo considerada a pior empresa de distribuição de energia pelo quinto ano consecutivo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa é a quarta que evoluiu nos indicadores da Aneel.
Humberto Eustáquio afirmou que os índices mostraram os resultados dos investimentos feitos pela empresa nos últimos dois anos. A afirmação do diretor foi baseada nos índices de Duração Geral de Continuidade (DGC).
Além disto ele alegou que também foram registradas melhoras no DEC e no FEC, que são os índices ligados à duração e freqüência das quedas de energia. Conforme o diretor, mesmo com a redução de horas e com a grande quantidade de quedas, os números estão acima dos limites definidos pala Agência.
Números apresentados pelo diretor da Enel Goiás não convenceram os integrantes da CPI
Durante o depoimento à CPI, o diretor da Enel Goiás foi interrogado pelos deputados titulares e suplentes da Comissão. Pois segundo os membros da CPI, os dados apresentados por Humberto Eustáquio não condizem com os problemas enfrentados nos últimos meses em todo estado e nem mesmo com a quantidade de reclamações registradas contra a empresa.
O presidente da CPI, o Deputado estadual Henrique Arantes (PTB), afirmou que os números são bonitos, mas que na prática o que se vê é o oposto do que foi apresentado pelo diretor.
Ao fim do depoimento do diretor da Enel Goiás, os deputados deliberaram para convocar novas testemunhas e fecharam um acordo para uma visita técnica ao escritório regional do Tribunal de Contas da União (TCU) para segunda-feira (25/3) a partir das 11h.