O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) anunciou na última segunda-feira (18/3) que o edital para nova licitação do programa de capacitação e formação técnico-profissional Jovem Cidadão será publicado nesta quarta-feira (20/3). O anúncio foi feito via Twitter, e conforme o governador, o novo edital prevê a contratação de 5 mil jovens do programa.
Ainda de acordo com Caiado no tweet publicado, como a modalidade da licitação é pregão eletrônico, no dia 2 de abril estará “tudo resolvido”, se referindo à nova entidade que irá gerir o programa Jovem Cidadão.
O controlador-geral do Estado, Henrique Ziller, concedeu uma entrevista para a Rádio Bons Ventos na manhã desta quarta-feira onde fez explanações acerca das polêmicas envolvendo o programa e seu suposto encerramento por parte do governo Caiado.
De acordo com Ziller, a Justiça obrigou o Estado a continuar o programa e “manter em funcionamento até a realização da nova licitação”. O controlador-geral disse ainda que “existem indícios de irregularidades cometidas no chamamento inicial”.
Entidade que geria programa Jovem Cidadão estava ilegal, declarou Caiado
A interrupção contratual do Estado com a entidade que geria o Jovem Cidadão foi envolta por polêmicas. No início deste mês, Caiado, em entrevista à rádio goiana 99,5 FM, fez um apanhado geral sobre vários temas tratados nos primeiros 60 dias de seus governo. Em meio a polêmicas, Caiado falou sobre o suposto fim do programa de formação técnico-profissional para jovens, o Jovem Cidadão. Segundo o governador na ocasião, o programa passaria “para nova entidade”, uma vez que, de acordo com ele, a atual estaria em situação ilegal.
Na entrevista, dada no Dia Internacional da Mulher, 8/3, o governador do DEM afirmou categoricamente que o programa voltada para os jovens do estado de Goiás terá continuidade. Ele afirmou ainda que o contrato com a Rede Nacional de Aprendizagem Promoção Social e Integração (Renapsi), responsável pelo programa Jovem Cidadão, foi findado pois a entidade estaria em situação ilegal por não cumprir com exigências do Estado.
“Ninguém vai acabar com o Jovem Cidadão. Estou fazendo o que sou obrigado a fazer pela lei, pois a entidade responsável pelo programa está em condições de ilegalidade. Não cumpriu as exigências e está assim há 20 anos”, apontou.
Conforme o governador, o Estado estava pagando quase R$ 1 mil reais por jovem, mas ele estava recebendo R$ 400.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação da Renapsi na época, mas não obteve retorno.