Com a aprovação do cálculo para o reajuste da passagem no transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos (AGR), os vereadores da capital se manifestaram contrários ao aumento na manhã desta terça-feira (19/3) durante sessão na Câmara Municipal.
Os cálculos feitos pela Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) registraram uma variação de 7,2% a 7,5%, com isso a passagem que atualmente custa R$ 4 pode passar a valer R$ 4,30. Mas vai depender da reunião da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) aprovar a variação e determinar o valor final e a quando ele vai entrar em vigor.
Entre os vereadores que se manifestaram contrários ao reajuste estão aliados do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). O vereador Clécio Alves (MDB) foi categórico e afirmou que “É um absurdo, o transporte é horroroso, péssimo, desastroso e indigno. É preciso exigir novas licitações, abrir oportunidades para que novas empresas venham prestar um serviço digno e de qualidade”.
Durante a sessão os vereadores aprovaram um requerimento do vereador Felizberto Tavares (PR), para que uma audiência pública seja feita na Casa para discutir o assunto.
Um projeto de lei foi aprovado em primeira votação para vedar o aumento do transporte coletivo sem melhorias.
Além do requerimento para debater o transporte coletivo em Goiânia e na região metropolitana, foi aprovado em primeira votação um projeto da vereadora Tatiana Lemos (PC do B) que veda, ou seja, impede o aumento da tarifa sem as melhorias necessárias verificadas transporte coletivo.
“É de péssima qualidade, falta ônibus, atrasos e outros absurdos. O que vemos é a ganância dos donos das empresas para ganhar mais dinheiro”, afirmou a vereadora.
Conforme a vereadora, as empresas que gerem o transporte coletivo em Goiânia são uma caixa preta, pois ninguém teve acesso às planilhas de custos delas. “Com o projeto aprovado essa semana, nós vamos ter condições de inviabilizar esse aumento”, concluiu Tatiana Lemos.
Vale ressaltar que após a aprovação pela AGR, às planilhas com os cálculos são devolvidas à CMTC, que depois envia para a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) que vai definir em uma reunião o valor do aumento e a partir de quando o mesmo passa a vigorar na capital e região metropolitana.