O adolescente de 17 anos que planejava realizar um massacre na escola onde estuda, no município de Pontalina, a 140 quilômetros de Goiânia, e que foi apreendido na última segunda-feira (18/3) pela Polícia Civil, pretendia usar também um arco e flechas, assim como na escola de Suzano, São Paulo, além de arma de fogo.
Foi expedido um mandado de busca e apreensão pela juíza da Vara da Infância e Juventude da comarca da cidade e foram encontrados na residência do garoto uma capa, uma máscara, desenhos, um coturno e um arco e flechas. O jovem havia até convidado um outro estudante para participar do plano. Entretanto, esse mesmo colega contou aos pais do jovem sobre suas intenções.
O artefato de origem medieval que seria usado no massacre, um arco e flechas, chamou a atenção da polícia. O objeto da mesma espécie estava em posse, também, dos dois jovens que executaram o massacre na escola de Suzano, em São Paulo, que também tinham uma besta (espécie de arco e flecha horizontal), uma machadinha e armas de fogo.
O Mercado Livre, site pelo qual esses artefatos costumam ser adquiridos, chegou a se manifestar por meio de nota e disse que “os equipamentos mencionados são amplamente utilizados em atividades legítimas como, por exemplo, para a prática de esportes (arco e flecha), cutelaria (machadinha) e marcenaria (machado)”, e que “repudia o uso ilícito desses equipamentos”.
O caso do jovem apreendido em Pontalina
Conforme publicado por um jornal local, o adolescente ateria afirmado que não tinha medo da reprovação social ou do remorso, se referindo aos planos de fazer um massacre na escola onde estuda, pois se mataria logo após o atentado. Durante a oitiva, ele também contou que gostaria de repetir o feito do massacre da mesquita na Nova Zelândia, ocorrido na última sexta-feira (15/3), por conta do alto número de vítimas.
O jovem responderá a Auto de Investigação de Ato Infracional por apologia a crime e atos preparatórios de terrorismo. Ele foi encaminhado para audiência de apresentação, que ocorreu na Fórum da Comarca de Pontalina, e em seguida recolhido em cela da Delegacia de Apuração a Atos Infracionais de Caldas Novas-GO, onde permanecerá internado provisoriamente, à disposição do Poder Judiciário.