A Justiça condenou cinco pessoas que obrigaram o conhecido reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, o padre Robson de Oliveira Pereira, a pagar pelo menos R$ 2 milhões para que não divulgassem imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que poderiam prejudicá-lo.
Welton Ferreira Nunes Júnior, Túlio Cezar Pereira Guimarães, Lidina Alves de Bessa, Elivaldo Monteiro de Araújo e Deusmar Gonçalves de Bessa foram investigados pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) desde 2017.
O padre foi procurado via e-mail por um endereço de e-mail falso, em que um homem se identificava como “Detetive Miami”.
Para não vazar o conteúdo, o criminoso pedia quantias altas, que eram transferidas da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) para as contas bancárias indicadas pelos criminosos. Também foram realizados pagamentos de quantias que variaram de R$ 50 mil a R$ 700 mil, em espécie.
Para evitar divulgação, padre Robson permitiu entrega de dinheiro vivo em carro
Nestes casos, segundo apurou investigação da Polícia Civil, o dinheiro era deixado dentro de um veículo Gol estacionado na porta do Condomínio Jardins Valência ou em uma caminhonete Hilux estacionada no Shopping Cerrado.
As extorsões tiveram início em março de 2017. Segundo o inquérito policial presidido pelo delegado Kleyton Manoel Dias, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, Welton Júnior e Túlio Cezar invadiram o aparelho celular e computadores de padre Robson para obter informações pessoais e profissionais.
Usando perfis falsos, eles se apresentaram como detetives que haviam sido contratados para investigar o religioso e passaram a exigir dinheiro para não divulgarem o que haviam descoberto e destruírem as informações.
A denúncia do MP-GO mostrou que no dia 31 de março, foi realizada a transferência bancária de R$ 2 milhões para duas contas bancárias – R$ 1 milhão para cada uma. O dinheiro acabou sendo bloqueado. A partir de então, a exigência passou a ser a entrega de valores em espécie.
No dia 29 de abril, após negociação, foi combinada a entrega de R$ 700 mil em espécie em um imóvel no Setor Leste Universitário. Na ocasião, o emissário enviado para receber os valores foi preso e levou os policiais ao local onde os demais integrantes da organização criminosa poderiam ser encontrados.
Confira a nota completa emitido sobre o caso do padre Robson
Sobre a decisão do juiz Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia, que condenou criminosos que tentaram extorquir o missionário Pe. Robson de Oliveira, a assessoria de Comunicação da Associação Filhos do Pai Eterno informa:
1º) Quando o padre foi vítima de extorsão de mensagens falsas criadas contra ele, imediatamente acionou a Polícia Civil de Goiás, que entrou no caso para prender os bandidos;
2º) A entrega de dinheiro no episódio foi orientada e supervisionada pela Polícia Civil a fim de identificar e localizar todos os criminosos. A Associação não teve nenhum prejuízo financeiro e todo o valor já voltou para a instituição;
3º) A Polícia Civil fez perícia sobre todo o material usado para extorquir o padre e concluiu que todas as mensagens foram criadas, por aplicativos e sites próprios para simular conversas e criar Fakenews, como, por exemplo, o WhatsFake.
4º) Os criminosos fazem parte de uma quadrilha profissional e a condenação ocorreu também pela prática de crimes contra outras pessoas e entidades.
5º) A Associação Filhos do Pai Eterno esclarece que, até o momento, não havia se manifestado, pois estava atendendo a uma determinação judicial, a qual decretou o sigilo absoluto do processo. Somente na data de hoje, vem a público para prestar estas informações, porque, juntamente com a condenação, o juiz levantou o sigilo da ação penal.
6º) A Associação agradece o trabalho da Polícia Civil do Estado de Goiás, do Ministério Público de Goiás, e elogia a decisão da Justiça, que restabeleceu a ordem, mostrou a verdade e fez a verdadeira justiça.
7º) Mesmo com a condenação e prisão, que são corretas e devem ser cumpridas, Padre Robson reza pela conversão e salvação destas pessoas que escolheram o mundo do crime para viver. Este episódio só prova que o mundo precisa cada vez mais de oração e atitudes de amor e paz.
Assessoria de Comunicação da Associação Filhos do Pai Eterno