O servente de pedreiro que torturou e matou a enteada de apenas 1 ano e 7 meses, no ano de 2016, foi condenado no início da tarde de hoje (12/3) a 32 anos de prisão pelo crime. Segundo a denúncia, ele espancou o bebê com golpes na cabeça e no abdômen, além de arremessá-la sobre a cama. Ele nega ter cometido o crime.
O homem, de 36 anos, que trabalhava como servente de pedreiro, foi condenado em sessão realizada hoje no Fórum Cível de Goiânia. Alex Lima Soares matou a pequena Nicole de Jesus de apenas 1 ano e 7 meses de idade há três anos, em janeiro de 2016. À época, a mãe foi presa por omissão.
A sessão que condenou Alex foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O servente de pedreiro foi acusado do crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de tortura. O Conselho de Sentença entendeu que ele era culpado.
Em depoimento inicial na delegacia, o réu confessou, na época, ter cometido o crime, mas logo depois alegou durante audiência de instrução e julgamento do processo que agiu por ‘bobeira’. No entanto, ele mudou a versão durante o júri e alegou que não matou a criança. O padrasto disse que mentiu porque teria sido “oprimido, enforcado e obrigado a confessar”.
O caso do homem que matou a enteado de 1 ano e 7 meses em Goiânia após torturá-la
O crime foi registrado no dia 24 de janeiro de 2016, no setor Vila Redenção, em Goiânia. A pequena Nicole teve uma lesão no fígado, ocasionada pelas cruéis agressões. De acordo com a denúncia na época, oito meses antes da morte, a criança já vinha sendo agredida pelo padrasto. Os atos de violência, conforme o documento, ocorriam quando a mãe da criança saía para trabalhar e a deixava aos cuidados do marido.
Segundo as investigações, ainda ficou demonstrado outras lesões que a menor sofreu, sendo que a mãe, sempre se omitiu na prestação de socorro, como por exemplo quando a menor quebrou a perna e ficou dois dias em casa sem ser encaminhada ao médico. No caso que resultou na morte da menina, a vítima teria ficado em um estado de vômito constante por mais de cinco dias, não tendo sido encaminhada ao pronto-socorro, evitando que o casal fosse questionado a respeito da origem das lesões.
Na delegacia, quando foi preso, Alex confessou ter agredido a menor com um soco e, posteriormente, com uma cotovelada no abdômen, informando que não sabe porque praticava esses atos de violência, já que não sentiria raiva da criança.