Na sexta-feira véspera de Carnaval (01/03), seis homens fortemente armados assaltaram a agência do Banco do Brasil e uma cooperativa de crédito, na cidade de Mirim Doce – SC, no Alto Vale do Itajaí.
Na atuação os criminosos realizaram disparos com armas de grosso calibre e fizeram “escudo humano” com a população local, causando pânico na região.
Fugiram levando expressivo valor em dinheiro, atearam fogo nos veículos utilizados e adentraram em região de mata fechada, aguardando o resgate de outros criminosos.
Diante dos fatos a Polícia Militar iniciou operação coordenada, com o intuito de capturar os assaltantes, bem como reaver os valores subtraídos.
O policiamento local ficou com a missão de cercar o perímetro da mata, inviabilizando a saída e fuga dos criminosos. Já o BOPE, por meio do grupo COBRA, realizou a varredura do ambiente de mata fechada.
No decorrer de sete dias, 04 criminosos foram presos pelo policiamento local, ao tentarem sair da mata.
Dois envolvidos no assalto a agência do Banco do Brasil no Vale do Itajaí morreram em confronto com a polícia
Já os outros dois assaltantes, quando tiveram seu esconderijo descoberto pelo grupo COBRA e receberam voz de prisão, atiraram contra a equipe, que resultou na reação da polícia. O confronto ocorreu na região de mata fechada às margens da BR 470, no Município de Otacilio Costa – SC, e os dois criminosos não resistiram aos ferimentos.
Com eles foram encontradas as duas armas utilizadas no assalto e também para atirar nos policiais, uma delas um fuzil de característica bélica, além do dinheiro subtraído das agências bancárias.
Na atuação foram empenhados o policiamento de área(2• e 7• RPM), pelotão de patrulhamento tático (PPT), canil, agência de inteligência (AI), polícia rodoviária estadual (PRE), policia ambiental (BPMA), batalhão aéreo (BAPM) e o batalhão de operações especiais (BOPE), além de contar com a presença do Secretário de Segurança Pública, coronel Araújo Gomes.
Este modelo de atuação em assaltos a agências bancárias é chamado de novo cangaço. Em grande expansão, a modalidade é executada especialmente em regiões de interior, que via de regra não é acostumada com crimes de grande potencial ofensivo. A utilização de armas de grosso calibre, carros roubados e a tomada da população local como refém faz parte das características do crime.
Esta foi a maior operação da Polícia Militar de Santa Catarina em ambiente de mata já realizada.
A ajustada resposta da Polícia Militar de Santa Catarina demonstra toda a técnica dos profissionais da segurança pública catarinense e minimiza a expansão desta modalidade de delito na região. Iniciativa privada e população em geral serão beneficiados com o resultado da operação.